Chanceler criticou
Grécia por incluir italianos em 'lista negra'.
A partir do próximo dia 3
de junho, o governo da Itália irá reabrir suas fronteiras
para turistas da União Europeia (UE) e retirará o isolamento
obrigatório de 14 dias para estrangeiros vindos das
nações que fazem parte do acordo de Schengen, que permite a livre
circulação entre os países do bloco, e do Reino Unido.
A medida também prevê
que a obrigação da quarentena seja retirada para todos os outros europeus a
partir do dia 15 de junho, conforme indicado no novo decreto de reabertura do
país devido ao arrefecimento da pandemia do coronavírus (Sars-CoV-2).
Além disso, a decisão
inclui a liberação de viagens intra-regionais por toda a Itália, sem
restrições, já na quarta-feira (3).
O turismo é um dos
principais setores da economia italiana e tem sido duramente afetado desde o
dia 10 de março, quando o país, um dos mais afetados, decretou uma série de
medidas preventivas contra a propagação da Covid-19.
A reabertura das
fronteiras acontece no momento em que a Itália foi incluída em uma "lista
negra" pela Grécia, que anunciou a reabertura de seus aeroportos de Atenas
e Tessalônica a turistas de 29 países a partir do dia 15 de junho e barrou os
visitantes italianos.
Hoje, em uma publicação
no Facebook, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, sem
fazer referência ao caso, pediu respeito e ressaltou que os italianos não são
"lazarentos".
"Não me parece a
hora de fazer polêmica, mas quero dizer uma coisa claramente: exigimos
respeito. Se alguém pensa em nos tratar como um lazarento, saiba que não
permaneceremos imóveis", escreveu.
"Precisamos de uma
resposta europeia, porque se agirmos de maneira diferente e decomposta, o
espírito da UE estará perdido e a Europa entrará em colapso", acrescentou.
O chanceler italiano
ainda ressaltou que é preciso "sempre medir palavras e ações" e que
"a paciência tem um limite". "Há um fato que afirmo com orgulho:
a Itália é linda, única, tem maravilhas loucas, praias fantásticas. E
provavelmente não tem rivais".
Di Maio também
aproveitou para anunciar que estará em uma missão na Alemanha no próximo dia 5
de junho, na Eslovênia em 6 de junho e na Grécia no dia 9.
"Nessas reuniões
explicarei aos meus colegas que a Itália está pronta, a partir de 15 de junho,
a receber turistas estrangeiros e que agiremos com a máxima transparência.
"A situação
interna, todos os dados sobre infecções, sempre serão públicos. Não aceitamos
listas negras e não temos nada a esconder, pelo contrário. Sempre agimos com
responsabilidade e transparência e continuaremos a fazer isso",
finalizou.
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