Veja
na lista motivos que resultam na baixa libido e explica por que acontecem.
A falta ânimo para o
sexo nem sempre é um problema tão grave quanto parece, mas deve sim ser levado
em consideração. De acordo com uma pesquisa feita pela Secretaria de Estado da
Saúde de São Paulo, por meio do Hospital Perola Byton, 48% das mulheres
procuram ajuda médica por conta de disfunções sexuais - 45% dessas estão entre
a faixa etária de 40 a 55 anos; 36,4% entre 25 e 39; e somente 7,9% tem entre
20 e 24 anos.
Segundo os dados, da
Vida Sexual do Brasileiro aponta que esses problemas independem da idade da
mulher, mas variam com a faixa etária. Falta de desejo é queixa de 5,8% das
jovens entre 18 e 25 anos e de 19,9% de quem já passou dos 60. Entre os homens,
essa porcentagem diminui bastante: apenas 2,4% dos jovens e 5% dos idosos
reclama de baixa libido.
De acordo com a Dra.
Karina Tafner, ginecologista e obstetra, a falta de libido é uma das maiores
queixas no consultório, especialmente entre casais que têm dificuldade para
engravidar, pois o sexo deixa de ser prazeroso. Além deste, a Dra lista outros
motivos que resultam na baixa libido e explica por que acontecem:
- Álcool.
Em pequenas doses, pode
levar ao aumento da libido em algumas pessoas, pois diminui a inibição e torna
o indivíduo mais “relaxado” e menos inseguro. Entretanto, mais do que quatro
doses de álcool por semana podem comprometer a libido da mulher. Isso porque,
aparentemente, o álcool pode "imitar" o estrogênio e atrasar ou
impedir a ovulação (exatamente no período em que a mulher alcança o auge da sua
libido, segundo um estudo australiano). Os especialistas acreditam que o fato
de não ovular pode comprometer também a atuação dos hormônios. O ideal é
substituir o copo de vinho ou cerveja por água tônica, que contém relaxante
natural para o corpo.
- Estresse.
Interfere no sistema
nervoso autônomo pelo aumento do cortisol (popularmente conhecido como
"hormônio do estresse", o cortisol, que é produzido pelas glândulas
suprarrenais, é liberado em momentos de nervosismo). Sendo assim, este
desequilíbrio acaba alterando o humor, a sensação de bem-estar e,
consequentemente, o desejo sexual.
- Hipotireoidismo.
A tireoide é uma
glândula situada na parte anterior de nosso pescoço, responsável pela produção
dos hormônios T4 e T3, fundamentais para o crescimento, metabolismo, para a
fertilidade, entre outras funções. O funcionamento insuficiente da tireoide é
chamado de hipotireoidismo. Os sintomas relacionados ao hipotireoidismo são
consequência, principalmente, dos níveis baixos dos hormônios produzidos pela glândula.
Entre eles, a baixa libido. O hipotireoidismo é mais comum em mulheres,
especialmente acima dos 40 anos. Se não tratado, além da diminuição da libido,
pode causar cansaço excessivo, alteração da função intestinal e até depressão,
afetando ainda mais o desejo sexual.
- Pílulas
anticoncepcionais.
Podem diminuir a libido
pois inibem a ovulação e, com essa inibição, não há o pico de testosterona que
acontece nessa fase. O efeito se observa principalmente nas pílulas que contêm
progesterona com efeito antiandrogênico. Também pode diminuir o desejo sexual
das mulheres que usam pílulas com baixíssima dosagem hormonal, de 15 a 20
gramas de etinilestradiol.
- Sedentarismo.
Pesquisadores da
Universidade do Texas estudaram mulheres entre 18 e 34 anos, e descobriram que
aquelas que pedalaram por 20 minutos foram 169% mais animadas sexualmente
quando confrontadas a imagens sexuais do que quando não se exercitavam. Um
outro estudo indicou que a regra também se aplica aos homens, já que os que se
exercitam de 20 a 30 minutos diários diminuem as chances de disfunção erétil em
até 50%. Além disso, o aumento do peso corporal afeta a libido devido a
diversas alterações hormonais decorrentes do acúmulo de gordura, assim como
outros desajustes fisiológicos e psicológicos que afetam a saúde e a
autoestima.
- Alimentação
inadequada.
Uma dieta carregada em
açúcar e alimentos processados afeta determinados hormônios e glândulas,
privando o corpo dos nutrientes aliados da libido. Aposte em alimentos que
levantam o ânimo sexual, como pimenta, abacate, castanha-do-pará, avelãs,
cebolinha, aveia, noz-moscada, romãs, morangos e salmão selvagem, além de
gergelim esmagado com mel.
- Tabagismo.
O hábito de fumar pode
danificar o revestimento dos vasos sanguíneos, afetando a musculatura do pênis
e inibindo o sangue de fluir. Os homens que fumam são 51% mais propensos a ter
disfunção erétil do que os não fumantes, segundo uma meta-análise feita na
China. A boa notícia é que um ano após parar de fumar, 25% dos ex-fumantes
perceberam uma melhora nas ereções. Já para as mulheres, o tabagismo agride o
sistema reprodutor, altera a lubrificação vaginal e aumenta a dificuldade de
sentir prazer.
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