terça-feira, 24 de novembro de 2009

ATIRO A PRIMEIRA PEDRA...

FONTE: Janio Lopo (TRIBUNA DA BAHIA).

Um comunicado urgente à opinião pública me fez interromper, momentaneamente, a série de comentários sobre o pré-sal, programa que reforça, sob todos os ângulos, a seriedade e a competência da Petrobras na perfuração de poços em águas profundas. Como este é um tema que estará sempre em evidência, retorno a ele tão logo consiga esclarecer alguns episódios supostamente envolvendo (reparem que estou usando, por enquanto, a expressão supostamente) o vereador Luiz Sobral, ao mesmo tempo em que lamento, mas respeito, a decisão de o eleitor tê-lo alçado à condição de representante da cidade.
Soube que o dito cujo, certamente na falta de competência para apresentar propostas que tornem Salvador mais humana e menos desigual, resolveu processar judicialmente dois jornalistas ligados diretamente à Tribuna da Bahia. Vou me debruçar sobre os processos (ainda não tive tempo de fazê-lo) para montar uma estratégia de reação ao arbitrário e prepotente vereador.
De antemão, asseguro ao nada nobre edil que o motivo da ira – notas publicadas na coluna Raio Laser há alguns meses – são de minha autoria e não do editor Raul Monteiro ou do diretor de Redação Paulo Roberto Sampaio, sobre cujos ombros recaíram as ações perpetradas à Justiça. Para ser sincero, não entendo a insanidade do rapaz diante de fatos meramente jornalísticos que em nenhum momento tiveram como objeto principal denegri-lo ou ultrajá-lo. Parece-me que, em um dos processos, ele queixa-se por ter sido chamado de garoto. Onde está o crime? Quem me dera voltar aos tempos em que assim era tratado pelos jovens de ambos os sexos... Há uma outra nota (minha memória começa a funcionar) em que o rapazola (posso citá-lo assim ou deveria reverenciá-lo como sua excelência? Desculpe-me, mas sou péssimo no cumprimento de etiquetas) contesta ter falado palavras desagradáveis contra o deputado federal ACM Neto (DEM), durante conversa num bar no Imbuí (já, já recordo o nome do estabelecimento ou fico devendo para amanhã). Os maus dizeres foram captados por uma fonte fidedigna que me transmitiu a informação. Sobral quer que o informante seja dedurado. Não sei se essa é uma prática do vereador (delatar amigos e companheiros), mas devo alertá-lo que a própria lei me garante manter a fonte sob sigilo.
Bem, como o assunto ainda vai render, e muito, quero apenas dizer, em bom som, que não é do meu feitio fugir da raia. Essa briga, pois, é minha. Caso tivesse cometido algum deslize ou injustiça, seria o primeiro a vir a público para me desculpar.
O vereador, que chegou a entrar em contato com esta Tribuna, onde foi civilizadamente recebido, preferiu recorrer ao que eu chamo de indústria da indenização. Encerrando: assim como seus pares na Câmara, inclusive deputados estaduais e federais e demais autoridades do Estado, têm em mãos dossiê que acusa o vereador e sua família de sonegadores e praticantes de outros crimes. Vamos, portanto, colocar os pratos na mesa. Só mais uma coisa: o conteúdo deste comentário é de inteira responsabilidade minha. Não tem absolutamente nada a ver com o jornal.

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