terça-feira, 24 de novembro de 2009

FRAUDE NA AGERBA ENVOLVEU COMPRA SEM LICITAÇÃO NO VALOR DE R$ 4 MI...

FONTE: CORREIO DA BAHIA.

Chega a sete o número de pessoas presas nesta terça-feira (24) acusadas de participar do esquema de fraude em licitações de linhas públicas intermunicipais na Agerba (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia). Entre os suspeitos, estão dois ex-diretores da Agerba, donos de empresas e o atual presidente da Abentro (Associação Bahiana das Empresas de Transporte Coletivo Rodoviário do Estado da Bahia), Décio Barros.
Em coletiva realizada esta tarde, na Secretaria de Segurança Pública, a polícia revelou um esquema de compra das empresas de transporte Expresso Alagoinhas e Planeta, pela Rota. A compra teria sido realizada num valor de R$ 4 milhões e a quadrilha que atuava dentro da Agerba recebeu R$ 400 mil, o equivalente a 10%, para liberar a negociação sem licitação, ainda segundo a versão da polícia. Outros três casos de compra ilegal estão sendo investigados.

Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão. Os ex-diretores da Agerba, Antonio Lomanto Netto e Zilan da Costa e Silva, foram presos acusados de receber propina de empresários. Também foram presos a advogada Ana Luiza Dórea Velanes e o proprietário da empresa Rota Transportes, Paulo Carleto, e os donos das empresas planeta, José Antonio Marques Ribeiro, e da Expresso Alagoinhas, Ana Penas Pinheiro. Os donos das empresas entram no inquérito como corruptores do esquema ilegal de concessões.
Segundo informou o advogado Sérgio Habibb, Antonio Lomanto Netto deverá ter liberdade concedida ainda nesta terça, agraciado por um mandado de soltura expedido pela justiça. Ele foi diretor da Agerba por 36 meses. O órgão promove atividades de regulação, concessão, controle e fiscalização dos serviços públicos relacionados a transporte público, além de distruibição de gás, entre outras atribuições. O acusado de corrupção deixou o cargo em agosto deste ano.
Computadores e pastas foram apreendidos pela polícia civil. Outros 10 mandados de busca e apreensão foram expedidos para recolher arquivos e documentos que servirão como prova, caso seja necessário.

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