FONTE: CORREIO DA BAHIA ( ).
Segundo o
pesquisador Fundação, André Braz, vai ser preciso aproveitar descontos e
programas de fidelidade das farmácias.
O aumento de até 4,76% no preço dos remédios
anunciado pelo governo deve impactar mais os idosos, de acordo com o
pesquisador do Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), André Braz. Mesmo em vigor
desde a publicação na edição do Diário Oficial da União (DOU) de ontem
(31), ainda de acordo com o especialista, o reajuste deve ocorrer com
mais intensidade, a partir da segunda quinzena de abril.
"A
terceira idade sentirá mais o reajuste. No entanto, ele veio abaixo da inflação
de 2016 – que foi de 6,29% - isso reduzirá o impacto no custo de vida. Algumas
farmácias ainda devem praticar preços antigos, enquanto durarem os
estoques", afirma Braz.
O
pesquisador acrescenta que algumas farmácias ainda devem praticar preços
antigos, enquanto durarem os estoques. Segundo Braz, as novas encomendas devem
trazer remédios com o reajuste, o que deve ocorrer com mais intensidade a
partir da segunda quinzena de abril.
"A
expectativa era de um reajuste na ordem de 3,5% para todas as classes
terapêuticas, à exemplo de 2016, quando o reajuste foi de 12,5% para todos os
medicamentos. Os reajustes não devem ser orientados pela inflação passada, mas
sim, pela real necessidade de cada setor. Órgãos reguladores avaliam a
necessidade de reajuste, equilibrando os interesses da sociedade e dos
fabricantes", ressalta o pesquisador.
Descontos.
Para
fugir do aumento, André Braz sugere que os consumidores prefiram os remédios
que são distribuídos gratuitamente. "Vale consultar a lista para
aproveitar o benefício. Além disso, várias farmácias estão oferecendo descontos
por fidelidade ou pelo plano de saúde. Então, o consumidor não deve esquecer de
pedir o desconto", lembra o especialista.
O
reajuste determinado na resolução da Câmara de Regulação do Mercado de
Medicamentos (CMED) varia de acordo com o tipo de medicamento, com índices de
1,36%, 3,06% e o teto de 4,76%. O reajuste médio ponderado é de 2,63%. No ano
passado, o reajuste dos medicamentos foi de até 12,50% e compensou as perdas
com a inflação, como queria o setor. Em 2015, o reajuste máximo autorizado foi
de 7,7% e, em 2014, o teto para o reajuste foi de 5,68%.
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