FONTE: Do VivaBem,
http://vivabem.uol.com.br
Geralmente, os tipos de câncer de pele têm relação
com a exposição solar. Mas você sabia que existe um tumor maligno que se
desenvolve na derme e não tem nada a ver com o sol?
Conhecido como melanoma acrolentiginoso, ou
melanoma acral, esse câncer ainda tem uma particularidade: no Brasil, sua
incidência é maior que a média mundial, justamente pela miscigenação.
"Embora esse tipo de melanoma seja menos
frequente em peles brancas (2% a 8%), ele é muito comum em negros e asiáticos
(12% a 22%). Como a mistura de raças no Brasil é muito grande, notamos que, por
mais que o acral seja um dos cânceres mais raros do mundo, existe uma
incidência grande aqui”, disse José Antônio Sanches, presidente da Sociedade
Brasileira de Dermatologia, durante um talk show sobre a doença, em dezembro.
Lesões embaixo da unha e na palma
das mãos devem ser consideradas suspeitas.
O problema é basicamente uma questão genética, mas
o quanto antes for feito o diagnóstico, maior a chance de cura. Por isso, é
importante ficar atento nas extremidades do corpo, onde esse tipo de tumor
costuma aparecer. “Vale ficar de olho em lesões na palma da mão, sola dos
pés ou debaixo das unhas”, disse Marina Sahade, oncologista do centro de
oncologia do Sírio-Libanês. Por lesão entenda manchinha preta que está
crescendo.
Os locais são tão escondidos que o caso mais famoso
da doença é justamente o de Bob Marley, que pensou que o melanoma era apenas
uma batida no dedo do pé. O cantor jamaicano morreu em 1981 devido a
complicações do câncer, que se originou na unha do pé e sofreu metástase para
outras partes do corpo.
“E até
importante alertar cabeleireiros, tatuadores, podólogos e manicures sobre o
problema, pois eles costumam estar mais atentos à pele e podem identificar
manchas”, disse Sahade. Também é importante que tatuadores não façam o desenho
em cima de uma pinta. “Se ela crescer e mudar de cor, você pode não perceber.
Portanto, fique de olho no seu corpo.”
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