terça-feira, 23 de janeiro de 2018

CRIANÇA LUTA POR MEDICAMENTO À BASE MACONHA...

FONTE: Leiajá, site parceiro do Leiamais.ba, http://leiamais.ba   

Caso será julgado n  esta terça-feira (23), a partir das 13h30. União e Estado de Pernambuco querem cessar a entrega do medicamento pelo SUS.



O Ministério Público Federal em Pernambuco emitiu um parecer para que seja mantido o fornecimento de medicamento à base de canabidiol para uma criança com Síndrome de West, um tipo raro de epilepsia. Tanto a União quanto o Estado de Pernambuco recorreram da sentença proferida pela 23ª Vara Federal de Pernambuco, que determinou o fornecimento do medicamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). 
O caso está na pauta de julgamento da 4ª Turma Regional Federal da 5ª Região (TRF5), no Recife. O julgamento está marcado para ocorrer nesta terça-feira (23), a partir das 13h30.
Consta no processo, originado em Garanhuns, no Agreste do Estado, onde a paciente vive com a família, que vários medicamentos e tratamentos foram testados para controlar os surtos epiléticos, mas nenhum surtiu efeito. Com a administração de Hemp Oil, medicamento composto pelo canabidiol, entretanto, a criança obteve melhora considerável dos sintomas.
Um laudo médico assinado pelo especialista que a acompanha aponta que a paciente chegava  ter em torno de 100 crises diárias de epilepsia. Após o uso do canabidiol, a frequência caiu drasticamente para duas, com menor intensidade, no intervalo de três meses. Por conta dos resultados, o profissional indicou a permanência do seu uso. 
De acordo com o MPF, a União e o Estado de Pernambuco são contrários à concessão do medicamento e recorreram à Justiça Federal na tentativa de cessar o fornecimento à criança. Eles alegam que o Hemp Oil não é registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que não há comprovação da sua eficácia em tratamento de saúde.

Já o MPF destaca que as evidências são favoráveis à permanência do seu uso, uma vez que houve melhoria no quadro clínico da criança. É lembrado ainda que existe burocracia no procedimento da Anvisa para o registro dos remédios, mas que a própria agência é capaz de contornar isso, pois já autoriza a importação do medicamento de outros países.

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