FONTE: Do VivaBem, em São Paulo, http://vivabem.uol.com.br
Que o álcool traz prejuízos para a saúde não é
novidade... O próprio Inca (Instituto Nacional do Câncer) relaciona o consumo
das bebidas alcoólicas com maior chance de alguns tipos de câncer, como de
boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino e mama. Mas agora
um estudo publicado na revista “Nature” detalhou como a bebida alcoólica traz
danos permanentes no DNA das células-tronco no sangue.
A principal diferença desse estudo é o fato de os
pesquisadores terem analisado o álcool no metabolismo de cobaias. Os estudos
populacionais já relacionavam a relação entre o câncer e o álcool, mas não
explicavam como isso acontecia.
Os pesquisadores do Laboratório de Biologia Molecular
da Universidade de Cambridge fizeram análise de cromossomo e sequenciamento de
DNA em ratos que receberam altas doses de álcool.
Nos testes, eles observaram que o acetaldeído (um
subproduto da metabolização do álcool no organismo) danifica as células-tronco
do sangue. Tudo por que essa substância "quebra" o DNA das células e
leva cromossomos a se rearranjarem aleatoriamente.
O achado é particularmente importante porque os
pesquisadores observaram o dano em células-tronco, já que mutações nessas estruturas
são cruciais para o desenvolvimento de tumores.
O estudo também demonstrou como o organismo das
cobaias tenta se proteger contra os danos.
Os pesquisadores analisaram que enzimas chamadas
de "aldeído desidrogenases (ALDH)" tentam transformar a bebida em
fonte de energia, como se elas fossem um alimento.
O problema é que há pessoas que não possuem essas
enzimas ou elas não funcionam corretamente. Assim, quando esses indivíduos
bebem, o acetaldeído se acumula, o que aumenta a chance de danos ao DNA.
Essa deficiência na produção da ALDH é mais comum
no sudeste asiático e ela faz com que os danos ao DNA chegue a ser quatro vezes
maior.
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