FONTE: Do VivaBem, em São Paulo, http://vivabem.uol.com.br

Os médicos, então, o colocaram em coma induzido
--sem rosto-- por quase dois meses, enquanto esperavam por um doador
viável. Quando encontraram o doador, o enxerto foi transplantado no
Georges Pompideu European Hospital, em Paris.
Os cientistas e cirurgiões duvidavam que um segundo
transplante de rosto poderia dar certo. “Esse transplante mostra pela primeira
vez que o retransplante de rosto é uma possibilidade em casos de rejeição
crônica. No entanto, existe uma série de variantes, como a condição imunológica
dos pacientes, para que o procedimento dê certo”, comunicou o hospital.
Menos de 40 pessoas já receberam transplante de
rosto no mundo, sendo que a maioria tinha traumas no rosto por conta de
queimadura, doenças ou condições genéticas. Pelo menos seis pacientes morreram após a
cirurgia, que pode trazer problemas, já que o corpo não reconhece o enxerto e
passa a rejeitá-lo.
A francesa Isabelle Dinoire foi a primeira paciente
a receber um transplante de rosto em 2005. Na época, a mulher de 38 anos teve
seu rosto desfigurado por uma mordida de seu cachorro. Ela morreu no ano passado
de câncer causado pelas drogas de imunossupressão, usadas para prevenir que o
corpo rejeitasse o transplante.
Ainda que a cirurgia tenha um alto risco, a
medicina registra casos bem-sucedidos, como o do bombeiro Patrick Hardison, que
passou por um complexo transplante de rosto em 2015. Um ano depois do
procedimento, ele disse que o
transplante o fez se "sentir um cara normal".
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