FONTE:, Mariana Amorim, https://www.msn.com
Dados
de uma pesquisa anual sobre a prevalência
de câncer nos Estados Unidos, da
Sociedade Americana do Câncer, acaba de revelar uma queda significativa da
doença no país. Isso porque o número de mortes decorrentes do
câncer teve, em 2015, uma baixa de 26% em relação ao seu pico, em
1991, chegando ao menor índice em décadas.
O
ano de 2015 é o mais recente com dados sobre a doença, por conta da
complexidade e do tempo necessário para coleta e controle dos dados da
população.
Queda no
número de mortes por câncer nos Estados Unidos.
O
declínio da doença chega a, aproximadamente, 2,4 milhões de mortes evitadas ao
longo dos 24 anos analisados.
De
2014 para 2015, a taxa de mortalidade por câncer entre homens e mulheres caiu
1,7% no país norte-americano.
Já o
número global aponta que, entre as mulheres, a incidência de câncer foi
estável, porém, entre os homens, caiu 2% ao ano.
Estimativa de mortes por câncer em
2018.
O
levantamento feito pela Sociedade Americana do Câncer projeta que aconteçam
cerca de 1.735.350 novos casos de câncer nos Estados Unidos neste ano - e cerca
de 609.640 mortes.
Por que houve queda na incidência de
câncer nos EUA?
Os
especialistas envolvidos no estudo creditam a queda nas mortes principalmente a
reduções consideráveis no tabagismo, hábito que, além de prejudicar o próprio
fumante, também pode debilitar pessoas que estão por perto e inalam a fumaça.
A
conscientização da população também foi essencial para a detecção e o
tratamento precoces do câncer, que aumentam muito as chances de cura do
paciente.
"O
declínio no consumo de cigarros é o fator mais importante. Mas o tabaco
permanece, de longe, como a principal causa de morte por câncer hoje,
responsável por quase 3 em cada 10 mortes pela doença", alertou Otis Brawley, médico
diretor da Sociedade Americana do Câncer, em um comunicado da instituição.
Além
disso, outro fator que contribuiu para a estatística foi o avanço da tecnologia
dos medicamentos de alto custo, que melhoram a expectativa de vida dos
pacientes com cânceres mais graves.
Principais tipos de câncer: pulmão,
mama, próstata e colorretal.
A
queda global na mortalidade por câncer é relacionada também à diminuição na
incidência das principais versões da doença: câncer pulmonar, de mama, de
próstata e o colorretal. Eles representam cerca de 45% de todas as mortes por
câncer.
De
2005 a 2014, as taxas de novos casos de câncer de pulmão, considerado o mais
letal do mundo, caíram 2,5% ao ano em homens e 1,2% ao ano em mulheres. Isso é
explicado, provavelmente, pelo histórico cultural do tabagismo: mulheres
começaram a fumar anos depois dos homens e demoram mais para abandonar o
hábito.
Resultados do câncer variam de
acordo com classe social e etnia.
A
Sociedade Americana de Câncer aponta ainda para a variação entre novos casos de
câncer e mortes entre os grupos sociais e étnicos. A taxa de mortalidade se
apresenta mais alta entre negros e pessoas com renda mais baixa nos Estados
Unidos.
Em
2015, o número de mortes foi 14% maior em negros do que nos brancos. Essa
diferença diminuiu de um pico de 33% em 1993.
Para
os especialistas, essa diferença gritante é um reflexo de vários fatores
socioeconômicos, já que pessoas com menor renda estão mais propensas a fumar e
serem obesas - em parte por conta da publicidade pesada em direção a essa
população pelas empresas de tabaco e empresas de fast food.
Além
disso, os fatores sociais limitam atividade física e acesso a frutas e vegetais
frescos por essa população.
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