Desde
2003, entretanto, as regras de reajuste do mínimo garantiram um ganho real
acumulado de 77%, de acordo com o Dieese.
Em 2017, o
salário mínimo foi reajustado em 6,48%, ao passo que o INPC acumulado no ano
foi de 6,58%, representando uma perda de 0,10% e o primeiro aumento abaixo da
inflação desde 2003, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese). Desde 2003, entretanto, as regras de reajuste
do mínimo garantiram um ganho real acumulado de 77%, de acordo com o
Dieese.
A atual
fórmula de correção do mínimo leva em consideração a variação do INPC e o
resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. No caso de 2018,
portanto, foi somado o resultado do PIB de 2016, que foi de queda de 3,6%, com
o INPC de 2017. Como o resultado do PIB de 2016 foi negativo, o reajuste do
salário mínimo é feito apenas pela variação do INPC. Ao anunciar o reajuste de
1,81% no final do ano, o governo usou apenas uma estimativa de variação do
índice, cujo percentual exato só foi divulgado nesta quarta-feira.
Em
entrevista ao G1 na ocasião, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira,
afirmou que, em 2017, o reajuste ficou um pouco acima do que a fórmula do
salário mínimo determinava para esse ano e que por isso, para 2018, esse
excedente tem de ser descontado. "No fundo, é uma notícia boa, que a
inflação foi baixa", declarou.
A atual
regra para correção do salário mínimo vale somente até 2019. No ano que vem,
portanto, o governo fixará o salário mínimo de 2019 pela última vez com base
nessa regra. Analistas esperam que o novo formato de correção do salário mínimo,
de 2020 em diante, seja um dos pontos debatidos na campanha eleitoral para a
Presidência da República no ano que vem.
Reajuste
do salário mínimo, de 1,81%, é o menor em 24 anos.
O valor
atual do salário mínimo está distante do valor considerado como "necessário",
segundo cálculo do Dieese. De acordo com o órgão, o mínimo
"necessário" para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas
com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte,
lazer e previdência deveria ser de R$ 3.856,23 em dezembro de 2017.
*** Informações do G1.
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