Ao
longo da última década, 20% das internações no país ocorreram em municípios
baianos, segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Com a proximidade dos
festejos juninos e com a realização da Copa do Mundo, aumentam os riscos de
acidentes provocados por fogos de artifício, alguns com graves consequências,
como queimaduras e mutilações. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab)
apontam 75 internações por queima de fogos de artifício na Bahia ano
passado. Ao longo da última década, 20% das internações no país ocorreram
em municípios baianos, segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina
(CFM). Seja traque de massa, cobrinha ou rojão, o Corpo de Bombeiros Militar da
Bahia (CBMBA) alerta que é preciso ter cuidado no manuseio desses
materiais.
Os artefatos são
distribuídos de acordo com o público, que são classificados em categorias. Eles
devem ter o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
(Inmetro) e precisam ser adquiridos em locais certificados pelo CBMBA. Em
Salvador, o único estabelecimento que possui essa autorização do órgão é a
Feira de Fogos, em Stella Maris. O local reúne 14 barracas, todas
aprovadas em inspeção.
O analista de projetos
do Corpo de Bombeiros, sargento Geocarlos Passos Carneiro, explicou que todo e
qualquer ponto de venda além deste é considerado irregular, já que não passou
por vistoria e pode colocar em risco a segurança das pessoas.
Dentre os cuidados na
hora de soltar fogos, um dos principais é se atentar para a
classificação. Essas informações constam na embalagem dos produtos. Existem as
categorias A e B, que são para crianças e adolescentes, e as C e D, apenas para
maiores de 18 anos. É imprescindível que as normas de utilização sejam
seguidas, assim como as orientações dos fabricantes e a validade dos materiais.
O CBMBA alerta ainda
que, mesmo dentro da faixa etária apropriada para usar o artefato, as crianças
devem sempre ser supervisionadas por um adulto. Segundo o Corpo de Bombeiros,
alguns tipos de fogos não podem ser comercializados no varejo e devem ser
vendidos a caixa fechada, contendo as instruções de uso. Outra ação que pode
evitar acidentes é soltar os artefatos em locais apropriados, sem aglomeração
de pessoas, nem próximo de árvores ou fiações elétricas.
De acordo com o médico
Ivan Paiva, superintendente de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de
Saúde (SMS), em caso de incidentes, o recomendável é que o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) seja acionado o quanto antes.
“O procedimento
dependerá da gravidade da lesão informada ao médico regulador do Samu. Em caso
de ocorrências leves, que o ferido possa ser tratado em casa, é preciso lavar o
local com água corrente, nunca aplicar receitas caseiras, como manteiga, pasta
de dente e borra de café. Caso a lesão seja de maior gravidade, o paciente deve
ser conduzido a uma unidade de saúde ou, em casos ainda mais graves, aguardar
remoção", completou.
Operação.
Para atender as
ocorrências relacionadas ao São João do Pelourinho e de Paripe na capital
baiana, a SMS, em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde, montará uma
estrutura especial com dois módulos assistenciais semelhantes aos instalados no
Carnaval. As unidades contarão com equipes compostas por médicos, enfermeiros,
técnicos de enfermagem e socorristas.
No Pelourinho, o módulo
instalado na Praça da Sé (próximo à Coelba) funcionará das 17h às 5h, nos dias
22, 23 e 24 de junho. Já em Paripe, a estrutura ficará posicionada na Praça
João Martins, em 23 e 24 de junho, também das 17h às 5h. Cada módulo contará
com uma ambulância do Samu de prontidão para a possível remoção imediata de
ocorrências com maior gravidade.
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