Não me canso de falar,
neste espaço, sobre a importância de bons hábitos de sono para a saúde física e
mental dos jovens. Então aqui vai mais um motivo para não deixar o descanso de
lado: quem dorme apenas 6,5 horas por noite tira notas 50% mais baixas que
aqueles que têm apenas uma hora a mais de sono.
Também não adianta
investir no sono apenas na época de provas. Segundo experimento conduzido por
dois professores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), a consistência
faz toda a diferença. É preciso dormir bem sempre para sentir os benefícios no
desempenho acadêmico.
A pesquisa, publicada
na revista Science of Learning, contou com 100 estudantes que
utilizaram rastreadores de sono ao longo de seis meses. Nesse período, eles
passaram por 11 testes, três provas e um exame final na faculdade.
Uma descoberta
surpreendeu os pesquisadores: parece que as pessoas têm um horário limite para
ir para cama. Depois disso, mesmo que você durma o bastante, seu desempenho
fica prejudicado. Para os participantes do estudo, o prazo médio foi 2 da
manhã, mas os autores esclarecem que os limites variaram entre os indivíduos.
Quem ia para a cama depois desse horário tinha notas mais baixas ainda que
tivesse dormido sete horas seguidas.
A qualidade e a
consistência do sono também fizeram a diferença. Os jovens que dormiam bem
sempre se saíram melhor nas provas do que os alunos que apresentaram variações
de uma noite para a outra, ainda que a média final fosse a mesma.
Com base no
experimento, os pesquisadores também criaram uma hipótese para explicar por que
as mulheres, de modo geral, têm notas um pouco melhores que os homens – é que
elas costumam dormir um pouco mais que eles.
O estudo é pequeno e
essas descobertas precisam ser confirmadas em trabalhos futuros. Mas não é o
primeiro a mostrar uma forte associação entre sono de qualidade e desempenho,
por isso fica a dica: dormir bem deve ser prioridade.
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