Estação começa no
Hemisfério Sul neste sábado (20), e pode intensificar o problema.
A combinação de clima
úmido com o período do ano onde se intensificam as chuvas - possibilitando
infiltrações nas casas - é a fórmula que resulta em um problema que muitos
ambientes enfrentam: o mofo. Este é o nome popular para filamentos de fungos
que surgem nas paredes, roupas, calçados e outras superfícies, criando odores
desagradáveis e podendo implicar em problemas de saúde. A identificação nem
sempre é visual, como as manchas pretas comuns em paredes com
infiltração.
Quando o problema é
visível, é comum recorrer a soluções como a limpeza da parede com água
sanitária ou cloro. Mas há situações em que o mofo já está no ar do ambiente, o
que torna mais difícil a limpeza total, explica Natalie Amorim, bióloga e
diretora técnica da Larclean - empresa baiana especializada em sanitização de
ambientes. Isso acontece porque esses fungos atuam liberando pequenas partículas
que ficam soltas no ar: “É comum que as pessoas entrem em um determinado local,
não haja nenhuma mancha nas paredes ou superfícies, mas você sente o cheiro de
mofo. É sinal de que já há presença dos fungos nessa região. Quando começam a
surgir aquelas manchas escuras, densas, é sinal de que já existe uma quantidade
muito grande ali. Isso dificulta, por exemplo, o processo de limpeza. Você
limpa e depois de um tempo ele volta a aparecer, porque na verdade já está no
ar”.
Além do inconveniente
para o espaço físico, a presença do mofo pode ser um problema para a saúde do
indivíduo, explica a bióloga: “Como esses fungos atuam liberando particular no
ar, a gente tem contato através da respiração. Se for inalada uma carga grande,
há o risco da pessoa desenvolver problemas de saúde como tosse, catarro, ou até
questões mais graves na saúde respiratória”.
É comum que ao ver surgirem as manchas de mofo nas paredes, indivíduos recorram a soluções como água sanitária ou álcool. Mas para que o processo seja efetivo, a profissional indica os caminhos que podem auxiliar, de fato, no combate ao mofo: “O ideal para a higienização da parede é que seja feita com álcool 70% ou água sanitária pura, em um borrifador e com bucha. E a pessoa deve estar com luva e máscara. Você precisa usar um desses produtos em um borrifador e passar a bucha de cima para baixo, evitando movimentos circulares que ajudem a espalhar o fungo. E manter o ambiente sempre ventilado”.
Nem sempre essa ação
vai garantir a eliminação total do mofo no ambiente e as manchas podem
retornar. O ideal, neste caso, é que seja feita uma sanitização. Trata-se de um
processo no qual um profissional devidamente capacitado, treinado, e com
equipamentos de proteção usa um produto com ação antimicrobiana, que vai servir
para eliminar fungos, vírus e bactérias. “Esse produto é utilizado em um
nebulizador, e só empresas com licença sanitária podem comprar e manipular. O
técnico vai na residência protegido e faz a sanitização, que é como se fosse
uma pulverização, liberando micropartículas que não causam danos a nenhum tipo
de material, seja eletrônico ou papel, e com capacidade de limpar todo o
ambiente. Você percebe imediatamente após o serviço que o cheiro já muda. O
ideal é que seja feito no início e no final do inverno”, esclarece a diretora
técnica da Larclean.


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