FONTE: Silvana Blesa, TRIBUNA DA BAHIA.
Os dezessete mortos em dois acidentes
ocorridos nas estradas baianas anteontem poderiam ter sido evitados, se os
motoristas não estivessem em alta velocidade, pois este é um dos principais
motivadores de acidentes fatais. Por causa das imprudências, a estatística tem
aumentado. De janeiro de 2013 a dezembro, a PRF registrou
10.284 acidentes, com 4.703 feridos leves, 1.550 feridos graves
e 789 mortos. Já o ano de 2014, o órgão notificou 712 acidentes,
com 423 feridos e 71 mortos.
O Superintendente da Polícia Rodoviária
Federal (PRF) George Silva Paim, destaca a alta velocidade, ultrapassagem
indevida e ingestão de bebidas alcoólicas como os vilões de mortos e feridos
nas estradas.
Independente de percorrer pequenas ou
longas distâncias, segundo Paim é fundamental estar atento a situações de
perigo que podem ser evitadas com a adoção de alguns cuidados. “Além de se
manter sempre atento à rodovia, evitando longas jornadas e o consumo bebidas
alcoólicas, os cuidados devem ser adotados até mesmo durante o planejamento da
viagem”.
O superintendente acrescentou ainda que no
acidente que resultou nos 13 mortos, na BR-110, próximo a cidade de Alagoinhas,
o motorista da carreta entrou na pista em alta velocidade, resultando na queda
de um trator que era transportado, caindo em cima do ônibus que seguia sentido
contrário. “Tudo leva a crer que o excesso de velocidade foi o causador do
acidente. Os motoristas precisam redobrar os cuidados nas estradas para evitar
tragédias” alertou.
Paim ainda ressaltou que antes de pegar
estrada é preciso que os motoristas estejam conscientes de suas condições
físicas e mentais. “Ingestão de drogas também tem elevado o número de mortos e
feridos. Existem motoristas que se acha está em seu estado pleno depois de
ingestão de bebidas alcoólicas ou algum tipo de droga, mas se enganam. Os
reflexos ficam prejudicados e em casos de uma rápida freada, certamente ele vai
fazer com menos presteza”, relatou. .
Outro ponto importante, segundo Paim, é o
uso do cinto de segurança tantos dos passageiros do banco da frente, quanto os
de trás. “Aumentou o número de mortes de passageiros do banco de trás, pois
eles não usam o cinto de segurança e em casos de batidas, são arremessados
contra os da frente e em vários casos, resultam em mortes. Também é preciso
estar atentos as condições do veículo para trafegar nas estradas”.
Para o superintendente, é importante
verificar as condições dos freios, suspensão, alinhamento, pneus, estepes,
sistema de injeção, condições de bateria, faróis e lanternas. Apesar de que
algumas verificações possam ser feitas pelo proprietário é importante procurar
um especialista para revisar as condições dos freios, suspensão e alinhamento,
por exemplo.
Receio na hora de pegar
estrada.
“Viajar é entregar as nossas vidas nas mãos
do motorista. Esperamos sempre que eles estejam em seu melhor estado para
estarem atentos aos riscos nas estradas. Eu viajo muito, mas, tenho muito
receio, principalmente, quando a viagem acontece à noite”, disse o chefe de
reposição de mercado, Sandro Santiago Santos.
Ele estava de malas prontas para seguir
viagem para o Rio de Janeiro. “Sei que a viagem é longa demorarei muito tempo
viajando e espero que o motorista esteja descansado e atento nas estradas, para
que façamos uma boa viagem”, concluiu Sandro, salientando que percebe que o
principal motivo de acidentes são as ultrapassagens, aliados ao excesso de
velocidade.
“Em uma das minhas viagens, estava em um
ônibus de uma empresa particular quando o motorista tentou uma ultrapassagem
numa curva. Ele não conseguiu ultrapassar e vinha outro carro na pista e atrás
do veículo que ele tentava ultrapassar vinha um veículo de passeio que ao
perceber que resultaria em acidente, jogou o carro no acostamento para o ônibus
voltar para a sua via. Nesse dia ficamos com medo e até comentamos com os
demais passageiros”, concluiu Sandro.
A mesma preocupação, a professora Barbara
Ferreira, disse sentir. “A gente precisa viajar e temos que confiar e entregar
a Deus para que tenhamos boa viagem. Eu sempre fico atenta as condições dos
ônibus e sempre escolho uma empresa séria para evitar transporte clandestino”,
reforçou a professora que estava viajando para Conceição do Jacuípe.
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