FONTE: Nicholas Bakalar, The New York Times (noticias.uol.com.br).
Um novo teste clínico
sugere que uma dose diária de probiótico pode diminuir os transtornos
digestivos de bebês.
Pesquisadores
italianos dividiram aleatoriamente 468 bebês com menos de uma semana de vida em
dois grupos. Um grupo recebeu uma dose diária via oral de Lactobacillus
reuteri e outro recebeu placebo. Os pais registraram a frequência diária
de evacuações e regurgitos, bem como a quantidade de tempo em que os bebês
choraram sem parar.
O tempo de choro dos
bebês que tomaram o probiótico diminuiu de modo significativo e a frequência de
ocorrência de evacuações aumentou em comparação com os que tomaram placebo um
mês após o início do teste. E frequência de ocorrência de regurgitos também
diminuiu três meses depois.
O número de
atendimentos em prontos-socorros e a quantidade de medicamentos administrados
para problemas de estômago foram bem menores entre os recém-nascidos que
tomaram probiótico. Além disso, os pais dessas crianças perderam menos tempo de
serviço e a administração não gerou efeitos colaterais ou adversos. Os
resultados foram ajustados para levar em conta as diferenças entre o
aleitamento materno e por meio de mamadeira e entre o parto natural e a
cesariana, bem como outros fatores.
Os lactobacilos estão
presentes nos seres humanos de maneira natural e a médica Flavia Indrio, principal
autora do estudo e especialista em Gastroenterologia Pediátrica da Universidade
de Bari, na Itália, afirmou que diversas cepas estão disponíveis na forma de
suplementos. Contudo, a L. reuteri DSM 1793, cepa usada nesse teste,
foi a única a passar por testes clínicos, afirmou.
"O probiótico
precisa ser fornecido na dose correta. Eu não recomendo que ele seja
administrado sem que um pediatra seja consultado", afirmou.
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