FONTE: CLÁUDIA COLLUCCI, DE SÃO PAULO (www1.folha.uol.com.br).
Depois do arsenal
preventivo contra o câncer de colo do útero (exame papanicolaou e da vacina que
previne o HPV), desponta agora uma vacina terapêutica que pretende evitar que
células pré-cancerígenas se transformem em tumor de colo uterino.
Os resultados ainda são
preliminares –apenas 12 mulheres com lesões cervicais ligadas ao vírus HPV
foram testadas. O estudo foi publicado ontem na revista científica
"Science Translational Medicine".
O tratamento
potencializou a ação do sistema imunológico contra as células pré-cancerígenas
presentes na lesão cervical. As mulheres receberam três injeções da vacina no
braço durante oito semanas. Não houve recidiva.
Leonel Maldonado, um
dos pesquisadores do estudo e professor do Johns Hopkins Medical Institutions,
afirma que o tratamento acelera a reação dos linfócitos T, que combatem a
reprodução desordenada de células.
Após a aplicação da
vacina, os pesquisadores compararam as respostas autoimunes. Foi observado que
as células T se manifestaram em níveis antes não vistos. Espera-se que, com
isso, as respostas imunes geradas pela vacina tenham o potencial de induzir a
regressão completa da lesão cervical.
No futuro, a
expectativa é que essas vacinas evitem as cirurgias para a retirada de lesões
do colo do útero. Hoje, parte do colo é removida, o que pode causar
infertilidade e partos prematuros.
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