FONTE: The New York Times (noticias.uol.com.br).
O suplemento de alho,
remédio popular contra a candidíase vaginal, teve sua ineficácia demonstrada
por um experimento randomizado.
Pesquisadores
australianos designaram de forma aleatória 59 mulheres, de 18 a 50 anos, cujas
amostras de culturas coletadas da vagina foram positivas para o Candida
albicans - fungo geralmente responsável pelas infecções vaginais - a receberem
três capsulas de alho de 350 miligramas ou placebos, duas vezes ao dia, por 14
dias. Os pacientes e os autores do estudo não sabiam quais participantes tinham
recebido cápsulas de alho e quais tinham tomado placebo.
Os pesquisadores
controlaram as variáveis idade, escolaridade, tabagismo, alergias e atividade
sexual, entre outras, e não encontraram diferenças nos dois grupos no número de
mulheres que permaneceram infectadas ao término de um período de duas semanas.
O estudo foi
publicado online no periódico BJOG, de Obstetrícia e Ginecologia, e os autores
reconhecem que a amostra era razoavelmente pequena, e que um estudo mais
duradouro, com mais participantes ou doses mais altas do medicamento, talvez
obtivesse resultados diferentes.
Algumas mulheres usam
alho de forma tópica. Todavia, Cathy J. Watson, principal autora do estudo,
afirmou que o uso tópico também nunca teve sua eficácia demonstrada.
"Se a pessoa
quiser experimentar, provavelmente não fará mal. Entretanto, atualmente não
existem evidências da eficácia do alho", afirmou Watson, pesquisadora da
Universidade de Melbourne e enfermeira clínica do Royal Hospital da Mulher.
De acordo com os
Centros de Controle e Prevenção de Doenças, os casos simples de candidíase
vaginal devem ser tratados com um dos diversos cremes, óvulos e comprimidos
antifúngicos disponíveis sem receita, e o tratamento geralmente dura menos de
duas semanas. Os casos graves ou recorrentes talvez requeiram um tratamento
adicional.
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