FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
A cada 14,5 segundos uma pessoa foi vítima
de tentativa de fraude ao longo de 2013, no país, segundo informou o
Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes–Consumidor que atingiu novo
recorde. No total, ocorreram 2,2 milhões de casos em que criminosos tentaram
dar golpes utilizando os nomes de quem teve os documentos ou os dados pessoais
roubados para fazer empréstimos ou negócios. A intenção é obter vantagem
financeira deixando a dívida para o outro pagar.
As tentativas cresceram 3,04% em comparação
a 2012, quando houve 2,1 milhões de casos. Já sobre 2011, o volume foi 12,39%
maior e sobre 2010, teve alta de 17,56% . A maioria das tentativas de golpes
ocorreu no setor de telefonia: houve 951.360 casos, 43,16% ações, número 26,08%
acima do registrado em 2012 e 85,07% maior do que em 2011 e mais do que o dobro
(107,42%) em relação a 2010.
No setor de serviços – que inclui
construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (salões de beleza,
pacotes turísticos etc) – ocorreram 55.535 tentativas ou quase um terço
(29,85%) do total. Em comparação a 2012 houve um recuo de 11,85%. Também foi
0,02% menor do que em 2011. Já sobre 2010, foi constatada alta de 14,01%.
Em terceiro lugar no ranking está
o setor bancário, com 399.393 tentativas, 18,12% do total e alta de 1,89% sobre
2012. Comparado aos outros dois anos anteriores ocorreram quedas: de 20,24%
sobre 2011 e de 24,55% sobre 2010.
Em seguida, aparece o varejo com 160.698
tentativas de fraude ou 7,29% do total de tentativas contra o consumidor em 2013.
Essa quantidade foi 24,27% inferior a registrada em 2012. Segundo o
levantamento da Serasa, proporcionalmente, ao total de casos, esse segmento tem
apresentado gradual recuo. Em 2012, havia concentrado 9,92% das tentativas,
percentual menor do que nos dois anos anteriores: em 2011 era 12,52% e, em
2010, 14,22%.
A Serasa Experian alerta para o fato de ser
comum o criminoso roubar a identidade por meio dos cadastros em que a vítima
fornece os dados na internet sem verificar a idoneidade e a segurança dos sites.
Existe ainda a ação em que os fraudadores compram telefone usando o nome falso
para ter um endereço e comprovar residência, por meio de correspondência. Isso
lhes abre a chance de abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir
cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas.
A lista das principais investidas inclui
entre outros: a obtenção de cartões de crédito com falsa identidade;
financiamento de eletrônicos; compra de celulares com documentos falsos ou roubados;
abertura de conta em banco; compra de automóveis e abertura de empresas.
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