FONTE: Agência Brasil, CORREIO DA BAHIA.
20
pessoas conseguiram fazer a doação e aumentar o estoque do hemocentro de
Brasília.
Na carona dos
rolezinhos, que têm dividido a opinião de brasileiros, um grupo de 15 pessoas
de Brasília decidiu criar um movimento, nos mesmos moldes, para mobilizar
pessoas dispostas a doar sangue. Apenas na manhã de ontem (25), 20 pessoas
conseguiram fazer a doação e aumentar o estoque do hemocentro da capital, que
tem baixa neste período do ano.
A mobilização, iniciada
a partir de uma página no Facebook criada pelo grupo, conseguiu atrair mais de
200 pessoas na última quarta-feira (22), mas apenas 70 cumpriam todos os
requisitos para a doação. Com o lema Bora ali, bora? Fazer um rolezinho no
Hemocentro de Brasília”, o grupo reuniu mais de 500 participantes que
acompanham as campanhas pelo site.
“Não é uma crítica [aos
rolezinhos]”, explicou Paula Matos, organizadora da campanha. “Nossa ideia é
transformar esse movimento em uma ação para o bem. Esta é uma época de férias,
muitos doadores tradicionais viajam e os estoques de sangue ficam baixos”,
completou.
Segundo Paula Matos, a
maior parte das pessoas que aderiu já tinha doado sangue. Para quem se dispôs à
primeira experiência, o grupo organizou informações na página do Facebook,
baseadas nas orientações do hemocentro, e contou com as equipes do próprio
órgão no local.
A campanha atraiu
muitos jovens, como o estudante Euler Idelfonso, de 18 anos, que nunca havia
doado. “Não estou com medo. Li as orientações”, garantiu, enquanto aguardava
sua vez de doar. Ele disse que chamou outros amigos, mas como muitos decidiram
sair na noite de sexta feira (24), não puderam participar. “Eu já queria doar e ontem
fez muito frio. Isso me ajudou a ficar em casa e a me preparar”.
De acordo com
assessores do hemocentro, apesar de a mobilização ser bem-vinda, as doações não
estão sendo contabilizadas como resultado de uma campanha. Como o volume de
doações está sendo contabilizado como iniciativas individuais voluntárias, o
órgão não consegue apontar quanto o movimento foi responsável por aumentar o
estoque de sangue.
No Rio de Janeiro,
outro grupo de pessoas organiza movimento semelhante, marcado para o próximo
dia 1º de fevereiro. A iniciativa fluminense, em uma página do Facebook, tenta
atrair voluntários com frases de protesto como Aqui não tem discriminação e
racismo. Os organizadores justificam o rolezinho do Hemorio como um apoio à galera que está nos hospitais,
contra toda forma de opressão e as doenças que atingem negros, pobres, brancos
ou ricos, especialmente contra "a brutal e covarde ação diária da morte no
Brasil e no mundo”.
Para doar, o hemocentro
orienta as pessoas a se alimentar bem. O doador precisa ter entre 16 e 67 anos,
não estar fazendo uso de medicamentos, pesar acima de 50 quilos, ter dormido
mais de seis horas, não praticar exercícios físicos ou ingerir bebida alcóolica
nas 12 horas anteriores à doação.
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