FONTE: TRIBUNA DA
BAHIA.
Tratamento contra enxaqueca ganha
importante aliado.
Tratamento
contra enxaqueca ganha importante aliado. Para amenizar a dor crônica que
acompanha significativa parcela da população em todo o mundo, estudos da USP de
Ribeirão Preto comprovaram a eficácia da fisioterapia associada ao tratamento
convencional com medicação. A pesquisa foi realizada por pesquisadores de
diferentes áreas da saúde ligados à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
(FMRP) da USP e trata-se do primeiro ensaio clínico, conduzido por grupo
brasileiro, que mostra a atuação fisioterápica sobre enxaqueca.
O
objetivo foi conhecer a ação de técnicas especificas aplicadas no pescoço de
pessoas que sofrem da doença, já que essa abordagem ainda é pouco conhecida
nacionalmente. Conta a fisioterapeuta Lidiane Lima Florencio, integrante da
equipe da USP, que 50 pacientes seguidos no Ambulatório de Cefaleia do Hospital
das Clínicas da FMRP (HCRP), todas mulheres em tratamento medicamentoso,
participaram do estudo.
As pacientes foram separadas aleatoriamente em dois grupos:
um que, além dos remédios, passou por atendimento fisioterápico durante um mês,
e outro, que só recebeu medicação convencional para a doença.
Os resultados deixaram claro que “a adição do tratamento da fisioterapia, direcionado ao pescoço, ao tratamento convencional medicamentoso, acelera a melhora clínica, a percepção quanto a essa melhora, a satisfação com o tratamento e ainda reduz a sensibilidade dolorosa local”, confirma a fisioterapeuta Lidiane.
Redução de dor.
Logo após o término das sessões, ainda no primeiro mês de avaliação, o grupo que teve fisioterapia associada ao tratamento reduziu em 4,49 dias de dores de cabeça no mês. No mesmo período, o grupo controle, só da medicação, tinha reduzida apenas 3,68 dias.
Logo após o término das sessões, ainda no primeiro mês de avaliação, o grupo que teve fisioterapia associada ao tratamento reduziu em 4,49 dias de dores de cabeça no mês. No mesmo período, o grupo controle, só da medicação, tinha reduzida apenas 3,68 dias.
No segundo mês de avaliação, um mês após o fim das sessões fisioterápicas, a redução dos dias de dor das pacientes que haviam recebido fisioterapia foi ainda maior, de 5,21 dias de dor de cabeça, enquanto que o outro grupo teve redução de 4,6 dias de dor.
As
técnicas de fisioterapia fizeram diferença também sobre a intensidade e a
sensibilidade da dor relatadas pelas pacientes. Numa escala de zero a 10, o
grupo com fisioterapia disse que a intensidade da dor diminuiu 0,17 no primeiro
mês e 0,11, no segundo. Os números para o controle foram de 0,04 e 0,06,
respectivamente para primeiro mês e segundo mês de avaliação.
A
pesquisadora conta que diversos estudos clínicos envolvendo a fisioterapia e
enxaqueca foram realizados em vários outros países. A maioria deles porém,
embora demonstrem a eficácia das técnicas fisioterápicas, não apresentam
qualidade metodológica para essa confirmação. A reportagem é da Agência
USP.
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