FONTE: Redação/RedeTV! (http://www.redetv.uol.com.br).
Crianças com idade de nove anos estão recorrendo à
Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças de Londres
(NSPCC) após serem atacadas verbalmente e chamada de "terroristas"
por colegas de escola.
De acordo com a organização, o bullying contra
jovens muçulmanos vem se intensificado gradativamente após os ataques em
Manchester, ocorrido em 22 de maio durante show da cantora Ariana Grande e
reivindicado pelo grupo Estado Islâmico. Ao todo, 22 pessoas foram mortas e
mais de 100 ficaram feridas.
Segundo a ONG, nos últimos três anos houve 2.500 sessões de
aconselhamentos decorrentes de intimidação racial baseada na fé. Somente nas
duas semanas seguintes ao ataque, a instituição realizou 300 sessões de
aconselhamento com crianças no país.
"Eu estou triste porque pessoas estão fazendo
comentários racistas para mim todos os dias e falando sobre o ataque em
Manchester. É chato e injusto porque eu não tenho nada a ver com o ataque. As
pessoas não deveriam tirar conclusões e assumir que, em razão de alguém
ser muçulmano, ele é terrorista", desabafou um menino de 12 anos à
linha telefone de apoio da NSPCC, sem ter a identidade revelada.
"Os garotos da minha turma estão sempre me
chamando de 'terrorista' e os professores não fazem nada sobre isso. Eu comecei
a me contar para anestesiar a dor", confessou outra jovem de apenas 15
anos.
Porta-voz da instituição, Dame Esther Rantzen se
mostrou preocupado com a crescente onda de racismo envolvendo crianças muçulmanas
e reafirmou a importância da intervenção de um adulto. "Para crianças tão
novas quanto aos nove anos, ser intimidado por causa de sua raça ou fé é
extremamente preocupante. As crianças podem não perceber o impacto que essas
palavras e atos ofensivos podem ter, mas o bullying pode levar a problemas de
saúde mental e auto-mutilação", afirmou.
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