Cientistas identificaram
uma proteína do câncer que controla a disseminação da doença a partir da pele
para outros órgãos e sugeriram, nesta quarta-feira, que bloqueá-la pode ser um
tratamento efetivo para combater a metástase.
Trabalhando com camundongos geneticamente modificados para desenvolver câncer de pele humana, a equipe descobriu que a proteína desempenha um papel importante na promoção, ou inibição, da metástase - quando o câncer se espalha de uma área (ou órgão) para outra.
Chamada de Midkine, a proteína é secretada por melanomas, o tipo mais grave de câncer de pele, antes de se transportar para uma parte diferente do corpo do rato e iniciar ali a formação do tumor, disseram os pesquisadores.
Em observações subsequentes em humanos, níveis elevados de Midkine nos linfonodos de pacientes com câncer de pele eram preditivos de resultados "significativamente piores", informou a equipe na revista científica Nature.
Isso aconteceu mesmo quando não havia células tumorais nos linfonodos.
"Na Midkine encontramos uma possível estratégia que merece ser considerada para o desenvolvimento de medicamentos", disse Marisol Soengas, do Centro Nacional de Pesquisa do Câncer em Madri, coautora do estudo.
A detecção precoce é importante no melanoma. Depois que ele começa a se espalhar, o prognóstico do paciente geralmente é desfavorável.
Os cientistas acreditaram por muito tempo que o melanoma preparava os órgãos que pretendia colonizar ativando o crescimento dos vasos linfáticos transportadores de fluidos - primeiro no tumor primário, depois nos linfonodos ao redor, e assim por diante.
No entanto, remover os linfonodos próximos a um melanoma não evita metástases, o que significa que está "faltando algo" na compreensão do mecanismo de disseminação, disseram os pesquisadores.
O novo estudo oferece uma possível resposta.
"Quando esses tumores são agressivos, eles agem à distância muito antes do que se pensava", disseram os autores.
A Midkine se transportou diretamente para o novo local do câncer independentemente da formação de vasos linfáticos em torno do tumor original.
Quando a Midkine foi inibida em tumores de ratos, a metástase também foi bloqueada, disse a equipe.
"Estes resultados indicam uma mudança de paradigma no estudo da metástase do melanoma", de acordo com Soengas.
Os cientistas não sabem, no entanto, se a Midkine é transportada através do sangue, da linfa ou de ambos.
Em um comentário também publicado na Nature, Ayuko Hoshino e David Lyden, da universidade Weill Cornell Medicine, em Nova York, disseram que o estudo forneceu "percepções muito necessárias" para a predição do risco metastático.
O trabalho, eles concluíram, "pode abrir uma porta para estratégias de diagnóstico e terapêuticas que visam lidar com metástases antes delas terem a chance de surgir".
Trabalhando com camundongos geneticamente modificados para desenvolver câncer de pele humana, a equipe descobriu que a proteína desempenha um papel importante na promoção, ou inibição, da metástase - quando o câncer se espalha de uma área (ou órgão) para outra.
Chamada de Midkine, a proteína é secretada por melanomas, o tipo mais grave de câncer de pele, antes de se transportar para uma parte diferente do corpo do rato e iniciar ali a formação do tumor, disseram os pesquisadores.
Em observações subsequentes em humanos, níveis elevados de Midkine nos linfonodos de pacientes com câncer de pele eram preditivos de resultados "significativamente piores", informou a equipe na revista científica Nature.
Isso aconteceu mesmo quando não havia células tumorais nos linfonodos.
"Na Midkine encontramos uma possível estratégia que merece ser considerada para o desenvolvimento de medicamentos", disse Marisol Soengas, do Centro Nacional de Pesquisa do Câncer em Madri, coautora do estudo.
A detecção precoce é importante no melanoma. Depois que ele começa a se espalhar, o prognóstico do paciente geralmente é desfavorável.
Os cientistas acreditaram por muito tempo que o melanoma preparava os órgãos que pretendia colonizar ativando o crescimento dos vasos linfáticos transportadores de fluidos - primeiro no tumor primário, depois nos linfonodos ao redor, e assim por diante.
No entanto, remover os linfonodos próximos a um melanoma não evita metástases, o que significa que está "faltando algo" na compreensão do mecanismo de disseminação, disseram os pesquisadores.
O novo estudo oferece uma possível resposta.
"Quando esses tumores são agressivos, eles agem à distância muito antes do que se pensava", disseram os autores.
A Midkine se transportou diretamente para o novo local do câncer independentemente da formação de vasos linfáticos em torno do tumor original.
Quando a Midkine foi inibida em tumores de ratos, a metástase também foi bloqueada, disse a equipe.
"Estes resultados indicam uma mudança de paradigma no estudo da metástase do melanoma", de acordo com Soengas.
Os cientistas não sabem, no entanto, se a Midkine é transportada através do sangue, da linfa ou de ambos.
Em um comentário também publicado na Nature, Ayuko Hoshino e David Lyden, da universidade Weill Cornell Medicine, em Nova York, disseram que o estudo forneceu "percepções muito necessárias" para a predição do risco metastático.
O trabalho, eles concluíram, "pode abrir uma porta para estratégias de diagnóstico e terapêuticas que visam lidar com metástases antes delas terem a chance de surgir".
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