FONTE: Yuri Abreu, TRIBUNA DA BAHIA.
Os pacientes foram atendidos nas UPAS Paripe,
Pirajá e Valéria. Apesar do colorido da
festa, é muito comum, durante o São João, pessoas sofrerem acidentes com fogos
de artifício. De acordo com dados divulgados pelo Hospital Geral do Estado
(HGE), unidade especializada neste tipo de atendimento – e localizado próximo a
Avenida Vasco da Gama –, entre os dias 23 e 25 de junho deste ano, 35 pacientes
deram entrada no local, sendo 23 por conta de explosões de bombas e outras 12
por queimaduras.
Em
comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma queda de 34%. Em 2016,
53 pessoas procuraram o Hospital por conta de acidentes com fogos, sendo 29 por
explosão de fogos e outras 24 por queimaduras. Já segundo dados da Secretaria
Municipal de Saúde (SMS), durante os festejos juninos, as Unidades de Pronto
Atendimento registram 06 ocorrências de queimaduras por fogos de artifício.
Todos sem gravidade. Os pacientes foram atendidos nas UPAS Paripe, Pirajá
e Valéria.
“Diferentemente
de outros anos, em que aconteceram até casos de amputação de membros, este São
João, até agora, não houve nenhum caso grave que chamasse a atenção”, pontuou o
Diretor Superintendente do HGE, André Luciano Santana.
As
baixas, tanto nas gravidades, quanto na quantidade de pessoas acidentadas, tem
se refletido, por outro lado, no número de altas da unidade. Segundo Santana,
dos pacientes que deram entrada por explosões de bomba até então, 17 foram
liberados até o último domingo. No mesmo período, dos foram até o HGE por conta
de queimaduras, oito pessoas foram liberadas até o dia 25 de junho.
De
acordo com o gestor, os membros superiores e as mãos são os locais mais
atingidos por conta dos fogos de artifício. A questão, é que muitos dos
acidentados não procuram o atendimento médico assim que sofrem o problema.
“Eles querem continuar na festa e acabam apelando para receitas caseiras como
colocar manteiga ou pó de café por cima, deixando para depois a busca por uma
unidade de saúde”, afirmou Santana.
“A
nossa pele serve como proteção, uma defesa. E esse comportamento da pessoa pode
gerar infecções mais sérias e aprofundar a lesão. Assim, um tratamento que
poderia ser mais rápido, acaba sendo mais demorado, com uma realização de mais
curativos”, salientou. Ainda segundo o Diretor Superintendente do HGE, a
preocupação é maior justamente com o período pós-festa, em que mais pessoas
acabam, de fato, buscando atendimento.
TRATAMENTO.
Uma das conseqüências desse mau hábito da população pode incorrer em um
procedimento chamado desbridamento, que consiste na retirada de um tecido
desvitalizado ou de um corpo estranho de uma ferida. “É feita a limpeza
cirúrgica desse local para poder retirar a substância que está nela”, explicou
o especialista, ressaltado a demora na recuperação em um pós-operatório. Há
também casos em que é necessária a presença de médicos de outras especialidades
nas cirurgias, quando as queimaduras ou explosões atingem, por exemplo, partes
da face como os olhos.
“O
primeiro passo é lavar o ferimento em água corrente e abundante para, em
seguida, buscar o atendimento médico. Também recomendamos aos pais que tenham
uma vigilância maior com as crianças, pois vemos que muitas delas são as que
mais sofrem com as explosões e queimaduras gerados pelos fogos”, pontuou André
Luciano Santana, Diretor Superintendente do Hospital Geral do Estado.
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