Ao
enfrentar problemas no intestino, como constipação intestinal ou diarreia,
muitas pessoas associam o evento à ingestão esporádica de algum alimento ou
líquido. Contudo, o que muitas delas não sabem é que esses sintomas podem estar
ocorrendo em virtude da Síndrome do Intestino Irritável. Especialistas estimam
que de 10 a 20% da população ocidental sofra com a doença.
O
gastroenterologista do Seconci-SP, Moacir Augusto Dias, explica que a síndrome
se manifesta por meio de dor ou desconforto abdominal e alteração do hábito
intestinal, com constipação, diarreia ou alternância entre uma e outra.
“O que difere o intestino com funcionamento
irregular daquele com a síndrome é o período durante o qual os sintomas
perduram. Se o problema persistir por três meses, de acordo com os critérios de
Roma IV, é muito provável que o indivíduo esteja sofrendo com a doença”,
comenta o médico.
Os
critérios de Roma IV, produzidos pela Fundação Internacional de Roma de
Gastroenterologia, preconizam que a doença pode ser diagnosticada caso haja dor
recorrente por pelo menos um dia por semana, durante três meses, associada com
dois ou mais dos seguintes sintomas: 1) relacionada à defecação; 2) alteração
da frequência ou aspecto das fezes; e 3) alteração da forma das fezes.
Apesar
de muitas vezes estar associada a problemas emocionais, imunológicos,
infecciosos as causas definitivas da síndrome ainda são desconhecidas e não há
estudos que indiquem quando os sintomas começarão a ser percebidos. Contudo, já
se sabe que existe uma predisposição maior entre pessoas do sexo feminino e
abaixo dos 45 anos.
O
diagnóstico, segundo o gastroenterologista do Seconci-SP, é realizado a partir
da observação dos sintomas e da realização de exames laboratoriais para a
exclusão de outras doenças. Já o tratamento, geralmente, é feito por meio da
administração de medicamento e acompanhamento psicológico. “Atualmente, quando
o trabalhador ou seu familiar nos procura com sinais da Síndrome do Intestino
Irritável, realizamos uma série de exames clínicos e também o encaminhamos para
acompanhamento da nossa equipe de psicologia e, inclusive, de nutricionista,
tendo em vista que alguns alimentos podem estar relacionados à piora dos
sintomas”, explica o dr. Moacir Dias.
“É
muito importante que o trabalhador procure ajuda médica caso apresente
constipação ou diarreia persistente por mais de dois meses. Isso porque estes
sintomas poderão acarretar problemas mais sérios, como a desnutrição pela
dificuldade de o organismo absorver os nutrientes dos alimentos, no caso da
diarreia, e o desenvolvimento de hemorroidas e fissuras no canal do reto, nas
situações de dificuldade para a evacuação”, conclui.
Alimentos
que ajudam a minimizar os sintomas.
Diarreia:
- Água,
água de coco e soro caseiro;
- Biscoitos
e torradas;
- Frutas
(goiaba, maçã e banana) e legumes
- Gelatina;
- Sopa.
Constipação
intestinal:
-
Água em abundância;
- Fibras
(barras de cereais, aveia, farelo de trigo e cereal matinal);
- Mel;
- Verduras;
- Frutas
(mamão, uva, melancia, acerola, ameixa preta seca, pêssego e laranja com o
bagaço).
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