Quem decide fazer uma tatuagem já sabe que é uma
escolha para o resto da vida. A não ser que você aceite sentir mais dor ainda
para apagá-lo com laser, o desenho ficará eternamente estampado em sua pele.
Mas, segundo um novo estudo, não é só a imagem que ficará permanentemente em
seu corpo --parece que a tatuagem também pode alterar a fisiologia da sua pele.
De acordo com uma pesquisa recente, publicada no
periódico "Medicine & Science in Sports & Exercise", as
quantidades de suor e de sódio liberados durante a transpiração são alteradas
quando a pele é tingida. Isso porque, para fazer uma tatuagem, a tinta é
inserida em uma camada da pele chamada derme, onde também estão presentes as
glândulas sudoríparas. Uma vez detectada como intrusa no corpo, a tinta pode
atrapalhar o funcionamento dessas produtoras de suor.
Para analisar o papel da tatuagem na transpiração,
a pesquisa comparou a quantidade de suor secretada em pessoas com e sem
tatuagens. O resultado mostrou que os tatuados produziram menos que a metade do
suor liberado pelas pessoas com peles sem tinta. A composição do suor entre
elas também era diferente, segundo os cientistas. As peles tatuadas liberaram o
dobro de sódio, quando comparadas às sem tinta.
Segundo o autor do estudo, Maurie Luetkemeier,
existem duas explicações possíveis para essa reação: parte da tinta inserida na
derme pode bloquear algumas glândulas sudoríparas ou --e essa é a opção
preferida do autor-- as células inflamatórias ativadas durante a aplicação da
tatuagem podem alterar o ambiente químico da derme, retardando a resposta das
glândulas e afetando a quantidade de sódio que é liberada pelas células durante
a transpiração.
Contudo, apesar dos resultados do estudo, o Dr.
Luetkemeier acredita ser improvável que a tatuagem atrapalhe a transpiração
corporal. “É muito difícil que esse processo contribua para um superaquecimento
ou outros problemas durante o exercício”, diz ele. “Em casos mais graves, como
em peles que sofreram queimaduras severas e perderam as glândulas sudoríparas
nas áreas afetadas, o corpo compensa o problema, liberando
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