De acordo com dados do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva,
cerca de 25,2 milhões de pessoas no Brasil (aproximadamente
12% da população) sofrem com refluxo. A doença ocorre
quando parte do suco gástrico volta para o esôfago,
causando inflamação no local, além de azia, tosse
seca e outros sintomas, como aftas e dor na
garganta.
O gastroenterologista Henrique Eloy, especialista
em cirurgia e endoscopia bariátrica, alerta que o
problema, se não for tratado, pode levar a consequências graves, incluindo o surgimento
de câncer no esôfago. Entretanto, o médico destaca que o refluxo pode
ser prevenido de forma simples, mantendo hábitos saudáveis. "A
obesidade é uma das principais causas, porque ela aumenta a pressão dentro do
abdômen e pode provocar, ainda, a hérnia de hiato, dois fatores que,
comprovadamente, levam ao refluxo", diz.
Tratamento.
De acordo com Henrique Eloy, o tratamento inicial contra
o refluxo é realizado por meio de medicamentos e
recomendação de mudanças de comportamento do paciente.
Se, mesmo assim, os sintomas persistirem, procedimentos
cirúrgicos podem ser indicados, como explica o médico.
"A operação para o tratamento de refluxo visa reconstituir a anatomia da
região e confeccionar uma válvula anti-refluxo que não permite que o conteúdo
gástrico volte para o esôfago. Como é uma área, muitas vezes, de difícil acesso
ao cirurgião, é recomendada a cirurgia robótica, que realiza todo o
procedimento de maneira mais precisa e permite ao paciente voltar a suas
atividades habituais em, aproximadamente, uma semana", diz o especialista.
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