Ansiedade, irritação,
pesadelos e sono irregular são algumas queixas comuns citadas quando a gente
pergunta qual o impacto que a Covid-19 trouxe para a rotina das pessoas. Não é
todo mundo que gosta de espalhar por aí o que tem acontecido embaixo dos
lençóis, mas, de acordo com algumas pesquisas, esse aspecto da vida foi abalado
também.
Uma delas, que contou
com 1.559 adultos, revela que a qualidade da vida sexual piorou para 44% deles.
A maioria dos participantes tinha cerca de 34 anos de idade. Os resultados,
publicados no periódico Leisure
Sciences, indicam que a frequência do sexo e até da masturbação
diminuiu durante a pandemia, em relação ao ano anterior.
Por outro lado, esse
impacto trouxe um efeito colateral interessante: um em cada cinco entrevistados
disse ter experimentado alguma atividade nova relacionada ao sexo. Entre as
novidades incluídas no cardápio, a mais relatada foi tentar uma posição
diferente. Também aparecem na lista práticas como sexting, compartilhar
fantasias, ver pornografia, fazer sexo virtual ou se masturbar diante da
câmera.
Os questionários
respondidos mostram que o estresse foi o principal motivador da busca por uma
atividade inédita. Ou seja: usar a criatividade foi o mecanismo encontrado para
lidar com os impactos negativos da pandemia. E a estratégia parece ter dado
certo: essas pessoas foram três vezes mais propensas a dizer que a tentativa
trouxe avanços para a vida sexual.
Para os autores do
estudo, liderados pelo pesquisador Justin Lehmiller, do Instituto Kinsey,
houve, sim, um envolvimento maior da tecnologia nas práticas sexuais. Mas,
pelas informações que eles coletaram, isso não foi tão gratificante para as
pessoas quanto o sexo de verdade. Será que a internet vai permanecer na rotina
depois que a pandemia acabar? Só o tempo dirá.
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