FONTE: Carlos Vianna Junior, TRIBUNA DA BAHIA.
Malhar no verão pode levar o
corpo a ficar sarado, mas pode ser prejudicial também. Entre um resultado e
outro, a hidratação pode fazer a diferença. Para especialistas, a melhor
maneira de evitar inconvenientes seria a busca de
orientação profissional. “A necessidade de hidratação difere de pessoa para
pessoas e existem diversos fatores que interferem no processo de desidratação”,
informa o professor de Educação Física Eduardo Machado de Santana.
Em sua academia, a Time of Health, em
Salvador, Santana – que além de graduando em nutrição é também coordenador do
Nutri Coach, grupo de estudiosos em nutrição desportiva – está sempre alertando
seus alunos sobre a necessidade de se manter hidratado. Para ele,
principalmente no verão, o tema deve ser mais divulgado.
“A hidratação deve ser uma preocupação o ano
inteiro, pois mesmo sem o calor do verão, a pessoa pode se desidratar por
esquecer-se de beber água, por exemplo. Mas no verão, a temperatura elevada
exige uma maior atenção”, alerta. De acordo com Santana, o calor não é o único
fator a intensificar a necessidade da hidratação. “A temperatura do corpo pode
ser elevada também devido à utilização de roupas inadequadas. A umidade
relativa do ar também tem influência na perda de líquidos”, explica.
Ele informa ainda que
o resultado esperado dos exercícios físicos pode ser frustrante se a
malhação não for acompanhada de uma boa hidratação. “A água deve ser ingerida
antes, durante e depois da atividade. O ideal é que as pessoas bebam entre 200
a 300 ml antes de começar a malhar, quantidade que deve ser ingerida,
compassadamente, de hora em hora”, disse, lembrando que a ingestão deve ser controlada
para não produzir desconforto gástrico.
Sistema
imunológico.
Caso a pessoa não siga essas instruções,
pode enfrentar fadiga muscular, além de o corpo exigir mais energia para
completar as atividades. “O aumento da temperatura do corpo leva-o a perder
mais energia”, explica. Mas os riscos vão além. “A falta de hidratação pode
afetar os sistema cardiológico, circulatório e digestivo”.
A intensidade da atividade física
e o peso da pessoa são outros fatores que exigem mais ou menos ingestão de
líquidos. A existência dessas diversas variáveis leva Santana a recomendar,
principalmente para aqueles que não malham em academias, que busquem orientações
com profissionais da área para que não corram riscos. “Uma desidratação aguda
pode levar até mesmo à morte”, informa.
O perigo da bebida
isotônica.
A nutricionista esportiva Mayana
Oliveira Silva alerta que a melhor maneira de se hidratar é usando água.
Segundo ela, as bebidas, conhecidas popularmente
como isotônicas são desnecessárias para a maioria dos praticantes de atividade
física. Além disso, em alguns casos, podem oferecer perigo à saúde.
De acordo com a especialista, que é
integrante do Núcleo de Estudos e Orientação Nutricional ao Atleta (Nona), da
Uneb, há dois tipos dessas bebidas. “Existe ashidroeletrolíticas, conhecidas
como isotônicas, que, além da água, oferecem uma quantidade de sais minerais. O
outro tipo são as carbohidratadas, que, além de repor os líquidos perdidos,
oferecem fontes de energia”, explica.
Segundo ela, o corpo tem condição de
produzir e repor os sais minerais e a energia que são perdidos nas atividades
físicas. “Por isso, a ingestão dessas bebidas, sem a devida orientação, pode
não ser benéfico, pois o excesso dessas substâncias no corpo pode atrapalhar ao
invés de auxiliar nas atividades”, explica.
Muita gente que pratica atividades físicas
não tem condição de pagar academias, muito menos pela orientação de
profissionais como nutricionistas, por exemplo. É para essas pessoas que a
Universidade do Estado da Bahia (Uneb) oferece um serviço gratuito de
orientação. Trata-se Núcleo de Estudos e Orientação Nutricional ao Atleta
(Nona). Para maiores informações: Nona/Campus I — tel. (71) 3117–2492 e e-mail: nona.uneb@hotmail.com.
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