FONTE: Dr. Cristiano Nabuco (http://cristianonabuco.blogosfera.uol.com.br),
Você já deve ter
ouvido a seguinte frase ecoando por aí: “as melhores coisas da vida não são
coisas”. Pois é, a máxima não poderia ser mais acertada. Saiba que um estudo
feito na Suécia chegou à mesma conclusão.
A partir de
entrevistas colhidas desde 2010, pesquisadores da Universidade de Lund
confirmaram que a felicidade está mais ligada aos nossos relacionamentos
afetivos (família, amigos e parceiros românticos) do que às coisas materiais
que nos rodeiam.
Os autores afirmam
que consumir já havia sido associado a uma forma de felicidade, entretanto, uma
felicidade de característica “mais passageira”, digamos. Assim, a coleta dos
dados chegou à conclusão de que as pessoas atingem sentimentos de felicidade
mais intensos e duradouros quando verbalizam, vivem – e pensam – a respeito de
seus relacionamentos de maneira geral.
O estudo lembra,
entretanto, que, apesar de não estarem associados à felicidade, os bens
materiais não estão associados imediatamente ao inverso, ou seja, à
infelicidade.
Outro dado
interessante é que esses relacionamentos, muitas vezes, não se concretizam no
mundo real. Lembre-se, por exemplo, daquelas pessoas públicas que geram algum
tipo de afeição – como as figuras carismáticas –, por alguma razão ainda não
muito clara, elas também parecem elevar os nossos níveis de felicidade.
Seria esta então uma
possível razão da necessidade de conexão às redes sociais?… Para se pensar.
Enfim, o estudo
continua em desenvolvimento e os pesquisadores pretendem descobrir o que faz
com que não apenas uma pessoa, mas uma sociedade como um todo possa também
ficar feliz. E isso eles vêm denominando de “percepção coletiva de felicidade”.
Música, boas
notícias de pessoas distantes, muita coisa pode nos fazer feliz.
Para os
pesquisadores, essa “percepção coletiva de felicidade” pode ser desencadeada
ainda por outros fatores. Veja só que interessante!…
Assim sendo, os
pesquisadores também apontaram que as músicas que traduzem o que estamos
sentindo em um determinado momento, por exemplo, poderiam evocar estes mesmos
sentimentos.
As boas notícias de
amigos (sim, até quando há esse distanciamento entre as pessoas) e mesmo
presenciar situações positivas parecem contribuir de maneira direta para que as
pessoas atinjam a felicidade.
Felicidade é
sensação de realização pontual.
Como já dissemos
anteriormente aqui no blog, para chegarmos ao
sentimento pleno de felicidade, devemos entender que, para nos sentirmos bem,
basta que comecemos a cuidar de nós mesmos e nos empenhemos na realização
daquilo que pontualmente nos faz bem, pois sobre isso sim, temos controle.
Tente, portanto,
fugir dos sentimentos causados pelo consumismo. Afinal, apesar de não trazer
tanta felicidade assim (como já mencionei acima nessa pesquisa sueca), não nos
aproxima da felicidade em seu melhor estado.
Ao realizarmos algo
que nos faz bem, isso nos sustenta emocionalmente para seguir em frente, pois
desenvolvemos nossa força e virtude, ajudando-nos a desenvolver dignidade
pessoal. Desta forma, aumentamos nosso senso de coerência de sentimentos e de
nossos afetos positivos.
Afinal, como diz a
frase de Arthur Schopenhauer: “A nossa felicidade depende mais do que temos na
nossa cabeça do que em nos nossos bolsos”.
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