FONTE: *** Jairo Bouer (http://doutorjairo.blogosfera.uol.com.br).
Em geral, os
adolescentes que bebem costumam mentir para os pais . Mas um estudo mostra que
a tendência a mentir, por si só, também aumenta o risco de o jovem iniciar o
consumo de álcool precocemente. As conclusões são de pesquisadores das
universidades de Nova York, nos Estados Unidos, e da Higher School of
Economics, na Rússia.
Os resultados,
publicados no Journal of Adolescence, foram obtidos a partir de uma
amostra de mais de 4.000 norte-americanos de 12 e 13 anos de idade, ouvidos com
garantia de confidencialidade, e suas respectivas mães, também entrevistadas.
A equipe encontrou
uma associação forte entre omitir o que se faz para os pais e iniciar o uso de
álcool cedo demais. Mesmo nessa idade, os jovens sabem como evitar serem
descobertos. O estudo ainda mostrou que, quando os colegas bebem, os
adolescentes também tendem a mentir mais em casa.
Os adolescentes que
têm um relacionamento afetuoso e de confiança com os pais apresentaram menor
tendência a beber e também a mentir – saber que podem contar com o apoio do pai
ou da mãe faz com que eles tenham liberdade para falar sobre esses assuntos. Já
com os pais que ficam o tempo todo tentando vigiar os filhos foi o oposto.
Para os autores, pais
superprotetores acabam agravando o problema do consumo precoce de álcool, em
vez de evitá-lo. Eles sugerem que os pais estabeleçam uma relação de confiança
e honestidade com os filhos, para que eles se sintam mais à vontade para contar
o que acontece fora de casa.
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