FONTE:, CORREIO DA BAHIA.
Pelas contas da
pasta, o refil aumenta em até 30% o consumo de refrigerantes nos
estabelecimentos.
O
Ministério da Saúde quer acabar com a oferta de refil de refrigerantes em
restaurantes e redes de lanchonete no Brasil. A pasta negocia com
representantes do setor um acordo para o fim dessa prática, que, na avaliação
do ministério, tem se expandido de forma perigosa no país.
"Caso
não cheguemos a um resultado comum, vamos estudar uma outra
medida", afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
A
alternativa seria propor ao Congresso um projeto de lei proibindo esse sistema
de oferta da bebida. De acordo com o ministro, não há prazo para que o acordo
com o setor seja firmado.
A
estimativa do Ministério da Saúde é de que existam cerca de mil lojas de redes
de fast-food, além de restaurantes, que oferecem aos clientes essa
possibilidade de consumo ilimitado por um preço fixo.
"Há
uma disputa por esse mercado. Vamos manter a tentativa de acordo voluntário.
Espero chegar a um entendimento" , disse Barros. Pelas contas da pasta, o
refil aumenta em até 30% o consumo de refrigerantes nos estabelecimentos.
Isso vai contra a nossa meta, que é justamente reduzir a ingestão da
bebida", completou.
Sal e açúcar.
Barros anunciou ainda outras duas medidas que estão em estudo para tentar reduzir o consumo excessivo de sal e açúcar no país: a proibição de saleiros em mesas de restaurantes e a mudança de embalagens de sal e açúcar, que passariam a apresentar um dosador.
Barros anunciou ainda outras duas medidas que estão em estudo para tentar reduzir o consumo excessivo de sal e açúcar no país: a proibição de saleiros em mesas de restaurantes e a mudança de embalagens de sal e açúcar, que passariam a apresentar um dosador.
"Eles
ajudariam a ver qual a exata quantidade para o consumo. O que vemos hoje é uma
colher de sal, mas ela pode ser rasa ou muito cheia. Há uma grande
diferença", disse Barros.
A
exemplo do refil, a ideia do governo é tentar, em uma primeira etapa, um acordo
com donos de restaurantes e estabelecimentos que servem comida para retirar o
saleiro. "Se todos concordarem, não há necessidade de uma
lei", afirma o ministro.
Meta de redução.
As estratégias foram apresentadas nesta terça-feira (13), durante o anúncio dos resultados do acordo de redução de sal com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), firmado em 2011.
As estratégias foram apresentadas nesta terça-feira (13), durante o anúncio dos resultados do acordo de redução de sal com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), firmado em 2011.
Cálculos
feitos pelo Ministério da Saúde com base em dados fornecidos pela indústria
indicam que foram retirados do mercado até o momento 17 mil toneladas de sódio
dos alimentos. Essa quantia está longe da meta firmada com o setor, que é, até
2020, retirar o equivalente a 28.562 toneladas do nutriente.
Embora
o cronograma esteja bem atrasado, Barros disse estar confiante de que o
objetivo será alcançado. Apesar do discurso, tanto o ministro quanto
representantes da indústria reconhecem que, nas próximas etapas, o processo vai
ficando cada vez mais difícil. No início do acordo, bastava retirar o excesso
de sódio de alimentos.
Embora
festejado pelo governo e pela indústria, o acordo de redução de sal é criticado
por especialistas em nutrição por suas metas, consideradas muito tímidas. O sal
é considerado fator de risco para hipertensão. Além de dar sabor, ele ajuda a
conservar os alimentos, por isso, a sua adição até mesmo em alimentos
adocicados, como cereais matinais e bolos.
Estudos
indicam que o brasileiro usa sal em excesso e não se dá conta de ter esse
comportamento de risco. A média de consumo diário do ingrediente no Brasil é de
12 gramas, mais do que o dobro recomendado pela Organização Mundial de Saúde
(OMS): 5 gramas diárias.
Etapas.
A mudança na formulação é feita em etapas. Na primeira fase, a redução foi feita em massas instantâneas, pães de forma e bisnaguinhas. Em uma segunda etapa, iniciada em outubro de 2011, foi a vez de salgadinhos de milho, batatas fritas, bolos, misturas para bolo, maionese, bolachas e biscoitos. Na terceira turma, estavam margarinas, cereais caldos em cubo e gel, além de temperos. Na última fase, iniciada em novembro de 2013, a redução tem como alvo empanados, hambúrguer, linguiças cozida, resfriada e frescal, mortadela, presuntaria, muçarela, requeijão cremoso, salsicha e sopas individuais.
A mudança na formulação é feita em etapas. Na primeira fase, a redução foi feita em massas instantâneas, pães de forma e bisnaguinhas. Em uma segunda etapa, iniciada em outubro de 2011, foi a vez de salgadinhos de milho, batatas fritas, bolos, misturas para bolo, maionese, bolachas e biscoitos. Na terceira turma, estavam margarinas, cereais caldos em cubo e gel, além de temperos. Na última fase, iniciada em novembro de 2013, a redução tem como alvo empanados, hambúrguer, linguiças cozida, resfriada e frescal, mortadela, presuntaria, muçarela, requeijão cremoso, salsicha e sopas individuais.
De
acordo com o ministério, houve uma redução de 23,15% da quantidade de sódio
presente na muçarela, entre 2012 e 2016. No requeijão, a queda foi de 20,47%.
Sopas apresentaram uma queda de 65,15% na quantidade de sódio adicionada. Entre
embutidos, a maior queda foi da linguiça cozida em temperatura ambiente. A
redução do teor de sódio foi de 15,59%, de 2013 para 2016. Entre hambúrgueres,
a queda foi de 18,34%, também no período 2013-2016.
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