Segundo dados do
Sistema de Informação de Mortalidade do Governo Federal, a cada 10 suicídios
envolvendo adolescentes e jovens seis ocorreram em negros. No sexo feminino, o
risco de suicídio nas adolescentes
e jovens negras foi até 36% maior do que nas brancas. Infelizmente o
racismo ainda é uma realidade na nossa sociedade e existem alguns termos e
expressões racistas que reforçam essa violência simbólica.
Além disso, o racismo
tem grande efeito na estética negra, trazendo consequências negativas na
autoestima. Com os esteriótipos criados pela sociedade eurocêntrica, fica ainda
mais difícil se aceitar quando se está fora do padrão, não é mesmo? Para fugir
e até mesmo combater este preconceito estético, movimentos, ativistas e
artistas estimulam a exaltação do amor e da autovalorização da população negra.
Talvez você não saiba,
mas existem diversos termos que são considerados como expressões
racistas e que, muitas vezes, estão disfarçados como “brincadeiras” ou
associados como algo negativo. Descubra quais são e evite usá-los.
Descubra algumas
expressões racistas que têm efeito negativo na autoestima negra.
”Cor do pecado” –
Essa expressão é usada como elogio, mas ela pode soar muito racista. Primeiro
por estar sensualizando a mulher negra, segundo por utilizar palavra ”pecado”
que é algo negativo, principalmente em uma sociedade religiosa como aqui no
Brasil.
“Negro de traços finos” –
É como se o negro tivesse como incomum, ter traços finos, de estética
branca e europeia e por isso é bonito.
“Não sou tuas negas” –
Este termo é usado quando a pessoa quer falar que não é alguém que se pode
fazer tudo. As escravas eram propriedades dos homens brancos e eram usadas para
satisfaze-los sexualmente. Além de racista, essa expressão chega a ser
machista.
“Cor de pele” –
Com certeza quando você era criança já ouviu falar que aquele lápis rosa claro
era ”cor de pele”. Claro que este tom de cor não representa a pele de todos,
principalmente em um país com grande miscigenação como o Brasil.
“Cabelo ruim” –
Além desse têm vários outros derivados para falar de cabelo afro. Por muitos
anos, os negros negavam seu próprio corpo, pelo fato da sociedade impor que
cabelos lisos eram o que todos queriam e que crespo era feio.
“Mulata” –
Essa palavra era usada na Espanha para se referir aos filhotes nascidos de cavalos
com jumentas. Além disso, também remete ao corpo da mulher como uma mercadoria.
“Moreno” –
Algumas pessoas acham que em vez de falar ”negro”, pode amenizar o racismo
falando ”moreno”, em outras palavras é como querer embranquecer alguém da pele
escura.
“Doméstica” –
Muitos não fazem ideia do surgimento desta palavra. Os negros eram tratados
como animais e precisavam ser ”domesticados”.
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