FONTE: Jolivi, site parceiro da Tribuna da Bahia Online, TRIBUNA DA BAHIA.
Existe alimentos que potencializam e amenisam a
ansiedade; confira.
Quantas
vezes o teu corpo te manda uma mensagem de que é preciso parar um pouquinho e
este sinal, seja por pressa e em nome de outros compromissos, é negligenciado,
silenciado, ocultado por completo?
O
neurologista Dr. Ricardo Leme já alertou que há, no mundo contemporâneo, um
novo sentido de urgência e uma relação com o tempo que contribui para agravar
as doenças e torna-las crônicas.
Segundo
ele, isso ocorre porque, além de um padrão alimentar questionável e uma
dificuldade imensa de fazer exercícios físicos, também ficamos surdos na hora
de escutar os sinais do nosso corpo. Em quantidade exagerada, a ansiedade
faz o nosso organismo andar fora do ritmo, sem ordem e muito mais lento.
Não
seria exagero dizer que todos os órgãos são afetados por este mecanismo, já
considerado o grande mal da vida moderna. Antes de te oferecer um guia
importante de quais ingredientes alimentícios investir, e quais excluir da sua
dieta diária, vou mostrar como funciona um corpo estressado com relação à
comida.
Alimentação.
É
bastante provável que você se alimente de muitos produtos alimentícios no lugar
de comida de verdade.
Estes
alimentos processados, embalados e ensacados, são ricos em sódio, açúcar, e
substâncias que provocam 2 efeitos principais no corpo.
O
primeiro é chamado oxidação, que é parecido com a ferrugem, deixando as células
“duras” e com pouca mobilidade para eliminar as sujeiras que não te fazem bem.
O
segundo é chamado de glicação, que promove uma espécie de “caramelização” das
células do corpo, deixando-as lentas, pesadas e também ineficientes.
Gordura armazenada.
A
oferta sem qualidade de nutrientes para o corpo e o exagero de açúcar fazem com
que o pâncreas seja sempre estimulado a produzir um hormônio chamado
insulina. O trabalho da insulina é levar o açúcar para dentro das células
e assim produzir energia. Com o excesso de carboidratos, a insulina não dá
conta de fazer este trabalho. Com isso, todo o açúcar é estocado em forma de
gordura.
O
pâncreas também vai ficando cansado, parando de produzir insulina, dando início
ao diabetes.
O
intestino também é comprometido porque, com este padrão alimentar, as fezes
ficam endurecidas, não são eliminadas com facilidade e o corpo armazena várias
toxinas.
O
cérebro fica com mais dificuldade de concentração.
A
oxigenação do organismo é comprometida, e os pulmões também são mais exigidos.
A respiração fica ofegante.
O
coração fica sem a elasticidade necessária para a dilatação e contração,
batendo fora do ritmo. A escola de samba começa a descompassar.
No
corpo como um todo, a produção de hormônios relacionados ao bem-estar – no
caso, a serotonina e a dopamina – é praticamente paralisada. O corpo entende
que este estado de “vigília” é porque estamos em constante perigo.
Para
sobreviver a estas condições, o cérebro manda uma mensagem para as glândulas
suprarrenais, localizadas perto dos rins, ordenando a produção do cortisol –
também chamado de hormônio do estresse. O cortisol é a substância que nos
impulsiona a sair da cama e a resolver problemas. Mas, em excesso, ele nos
deixa confusos e com o pavio curto, a ponto de estourar. O ciclo vicioso é
instalado. Mais outra bola de neve.
Pronto,
agora você já entendeu os efeitos da ansiedade (e também do estresse) no
organismo. E com a influência da alimentação aí, na sua cara, não dá para
pensar em comida da mesma forma.
É
preciso tomar decisões importantes.
Elimine do cardápio:
–
Produtos extremamente açucarados;
–
Produtos enlatados;
–
Embutidos;
– Café
e cafeína (também presente em alguns chás);
–
Refrigerantes;
– Sucos
industrializados.
Para isso,
separei algumas dicas:
Dica 1 –
Faça mais compras em feiras do que em supermercados.
Dica 2 –
Coma ao menos 3 frutas por dia.
Dica 3 –
Prepare saladas variadas, com cinco cores ao menos, e armazene em pequenos
potes de vidros na geladeira. São ótimas para refeições rápidas.
Dica 4 –
Deixe um mix de grãos (castanhas, amêndoas, chia e linhaça) – sem sal – em
pequenos sacos plásticos grampeados e leve para os lanches entre as refeições.
Dica 5 –
Pare de usar caldos prontos para o cozimento. Eles são uma bomba de sódio, e
não agregam mais sabor à comida.
Inclua no cardápio.
1)
Carboidratos, que demoram mais para serem processados. Cito aqui a batata doce,
abóbora, mandioquinha, inhame e o aipim (mandioca). Duas vezes por semana,
substitua o arroz de todo dia por estes acompanhamentos.
2)
Invista em alimentos que equalizam o cortisol, em especial os ricos em
fenilalanina, sendo eles couve manteiga, agrião, alcachofra, carne de frango
(não processada) e ovos.
3)
Aposte nas comidas fontes de triptofano e vitamina B3, aminoácidos que
facilitam a produção de serotonina, sendo eles: leguminosas (feijão, lentilha,
soja), nozes, cacau, cereais integrais – aveia e arroz integral são as melhores
indicações – além dos peixes e sementes de abóbora.
4) Não
esqueça dos alimentos que fortalecem a flora intestinal. Os probióticos e os
prebióticos. Os probióticos estão presentes em alimentos como vegetais
fermentados, natto e missô (estes últimos, alimentos resultantes do grão ou da
posta de soja fermentada). Já os prebióticos – também chamados de fibras não
digeríveis como fruto oligossacarídeo e inulina – estão presentes em alimentos
de origem vegetal como cebola, alho, tomate, banana, cevada, aveia, trigo e
mel.
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