FONTE: Do UOL, em São Paulo (http://noticias.uol.com.br).
Sabe aquele ditado
que diz que "amigo a gente escolhe, mas parente, não"? Estudo
recente, publicado na revista científica Personal Relationships,
mostra a pertinência deste provérbio ao demonstrar que as amizades tendem, ao
longo dos anos --e sobretudo na velhice--, a ser mais importante para o
bem-estar de uma pessoa do que suas relações familiares.
De acordo com o
psicólogo Willian Chopik, as amizades sólidas e confiáveis são mais
determinante para a boa saúde e a felicidade de um indivíduo idoso do que sua
relação com parentes.
Desenvolvido por
estudantes da Universidade Estadual de Michigan, dos Estados Unidos, o estudo
baseou-se em duas pesquisas, que envolveram 278.534 pessoas.
"As amizades
tornam-se ainda mais importantes à medida que envelhecemos", diz Chopik.
"Manter alguns verdadeiros amigos por perto pode fazer uma enorme
diferença para a saúde e o bem-estar. É inteligente, portanto, investir nas
amizades que o fazem mais feliz".
Uma velhice com bons
amigos fará bem.
Na primeira pesquisa,
foram analisadas informações de pesquisas sobre tipos de relacionamento, bem
como autoavaliações de felicidade de 271.053 pessoas, de quase cem países.
Constatou-se, então,
que tanto os relacionamentos com familiares quanto com aqueles estabelecidos
com amigos estavam ligados a uma boa saúde e à felicidade. Em relação aos
idosos, porém, apenas as relações de amizade foram um forte fator que
influenciava na boa saúde e na sensação de felicidade.
Outra análise foi
feita a partir de dados de uma pesquisa, realizada com 7.481 idosos
norte-americanos, que estabeleceu ligações entre relacionamentos sociais tensos
ou de apoio com o desenvolvimento de doenças crônicas.
Foi constatado que,
quando os amigos eram fonte de tensão, os participantes relataram mais doenças
crônicas, ao passo que quando os amigos tinham uma relação de apoio e
confiança, o que era relatado era um aumento de felicidade.
Quem tem amigo tem tudo.
Para Chopik, isso
ocorre porque, ao longo dos anos, mantemos as amizades realmente sólidas, que
nos fazem, de fato, nos sentirmos bem, descartando as "falsas
amizades".
O psicólogo afirma,
ainda, que as relações familiares são agradáveis, mas eventualmente podem
envolver interações sérias, negativas e monótonas.
Ele diz, também, que
os amigos podem ser uma fonte de apoio para pessoas que não têm cônjuges ou
para aqueles que não se voltam para a família nos momentos de dificuldade.
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