Nesta
semana, Ricardo Barros, ministro da Saúde, anunciou alterações no esquema de vacinação contra HPV. A partir de agora, essa imunização será oferecida a
meninos de 11 a 15 anos incompletos. Desde janeiro, a vacina em questão passou
ser disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos de 12 a 13
anos. Até então, era aplicada somente em meninas com menos de 15 anos.
A
meta estipulada para 2017 é vacinar 80% das 7,1 milhões de crianças brasileiras
do sexo masculino nessa faixa etária, a fim de protegê-las, inclusive, dos
cânceres de pênis, garganta e ânus, diretamente ligados ao HPV. Para
atingir esse objetivo, o Ministério da Saúde promoverá
campanhas e intensificará os mutirões de vacinação nas escolas.
Também
têm direito à imunização portadores do vírus HIV de 9 a 26 anos ou pessoas com câncer em uso de
quimioterapia e radioterapia (ambos os sexos), além de quem já foi submetido a
algum transplante de órgão. No primeiro caso (HIV/Aids), são necessárias três doses — com
intervalo de dois e seis meses. Para os demais, permanece o esquema atual: duas
injeções com um espaço de seis meses entre uma e outra.
Meninas
que chegaram aos 14 anos sem iniciar ou completar essa imunização também serão
público-alvo de ações de conscientização. Estima-se que há 500 mil adolescentes
nessa situação no país. Para elas, a importância envolve a prevenção dos cânceres
vaginal, anal, de colo do útero e de vulva. Lesões pré-cancerosas e verrugas
genitais também seriam prevenidas.
Vale
lembrar que o HPV é transmitido pelo contato direto com mucosas infectadas por
meio de relação sexual e também pode ser transmitido da mãe para filho no
momento do parto. Se seguido à risca, esse esquema vacinal protege contra
quatro subtipos desse vírus (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia.
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