sexta-feira, 2 de junho de 2017

SE NÃO FOSSE O DENTISTA, COMO VOCÊ DESCOBRIRIA PROBLEMAS NA SAÚDE BUCAL?...

FONTE:, (http://www.msn.com).



Ir ao dentista de seis em seis meses é o mínimo indicado quando se está com a saúde bucal em dia. O problema é que nem sempre isso acontece. Em muitos casos, principalmente quando não se sente dor, o acompanhamento odontológico é adiado, e isso pode trazer inúmeros danos para sua saúde, incluindo problemas sérios e silenciosos que podem exigir intervenções invasivas. Quer evitar contratempos e dor? Confira como se formam e como evitar alguns problemas bucais. 

Erosão dentária.
De acordo com Andreia Salvador de Castro (CROMG 13600), especialista em Dentistica, a erosão/corrosão dentária é a perda irreversível do tecido dental duro, como o esmalte (que é a camada mais externa dos dentes) por ácidos. Esse tipo de problema não envolve a ação bacteriana: mudanças no estilo de vida e nos hábitos alimentares são o principal motivo para o agravamento da condição. Os ácidos que causam a erosão podem ser provenientes de bebidas como refrigerantes, energéticos e sucos, ou do próprio corpo humano, como os do suco gástrico.

“Todo paciente com diagnóstico de Refluxo Gastroesofágico deveria procurar o dentista, pois ele já pode ter sinais de desgaste dental, mesmo sem perceber”, alerta Andreia. A dentista explica que o paciente só vai perceber os sintomas dessa disfunção quando eles estiverem mais avançados, causando sensibilidade dental. “Deve-se tratar o problema gástrico com o médico e também buscar a orientação de um dentista, principalmente sobre questões como alimentação, adiar escovação logo após episódios de regurgitação ou ingestão de bebidas ácidas, usar cremes dentais menos abrasivos e otimizar a remineralização dentária através do uso de flúor”, indica a especialista. Quando já houver grandes perdas, não tem jeito: é preciso realizar o tratamento restaurador com resina ou outros materiais.

Cáries.
O consumo frequente de açúcares, associado a uma má higienização e à ação das bactérias que naturalmente habitam nossa boca, pode levar à perda de minerais dos dentes. A evolução desse problema leva à perda do tecido dental, formando um buraco. Nesse processo, o fluxo salivar tem um papel fundamental, pois naturalmente auxilia na remineralização dos dentes. O flúor também é um aliado: a substância reverte perdas minerais que ocorrem diariamente, reduzindo os sinais da doença.
“É importante tratar a cárie antes que apareçam os sinais de cavidade, pois nesses casos o tratamento é obrigatoriamente restaurador. A visita ao dentista é fundamental para o controle da doença antes das manifestações clínicas visíveis”, alerta Andreia. As cáries podem trazer dor, comprometimento estético e até a perda do dente.

Tártaro.
Tártaro é a placa bacteriana (ou biofilme dental) que endurece na superfície dos dentes e também pode se formar sob a gengiva e irritar os tecidos gengivais. O tártaro não só prejudica a saúde dos dentes e gengiva, mas também é um problema estético: por ser poroso, absorve as manchas com mais facilidade. Assim, para aquelas pessoas que fumam ou tomam chá ou café, é ainda mais importante que evitem a formação do tártaro.

“Como não existem sintomas dolorosos, muitas vezes a pessoa desconhece que possui o tártaro. A escovação ou o uso do fio dental são efetivos no controle da placa. Porém, quando esta se torna mineralizada e aderida ao dente (que é o tártaro), a higienização caseira já não faz mais efeito: apenas um dentista pode retirá-lo por meio de uma limpeza profissional”, alerta a dentista Isabelle Weiss (CROPR 10457), especialista em Prótese Dentária e Implantodontia.

Problemas gengivais.
As bactérias podem infectar a gengiva, causando a doença periodontal. Isabelle explica que existem basicamente três estágios da doença: A gengivite, que é a inflamação da gengiva causada pelo acúmulo da placa bacteriana. Nesse primeiro estágio, a doença pode ser revertida com um processo eficaz de higienização e acompanhamento profissional. A periodontite é um estágio mais avançado, no qual o osso de apoio e as fibras que sustentam os dentes estão danificadas. O tratamento pode reverter os danos, ou não. Na periodontite severa, as fibras e ossos dos dentes estão bem comprometidos, com perdas significativas e, muitas vezes, irreversíveis.


“O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento, ou seja, se a pessoa só procurar o dentista quando sentir alguma coisa, como mobilidade do dente, mau hálito e sangramento gengival, pode ser tarde para um tratamento conservativo”, salienta Isabelle. Os primeiros sintomas desse tipo de problema podem ser percebidos em semanas, no caso da gengivite, ou até anos, no caso de uma periodontite. 

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