FONTE: Acorda Cidade, site parceiro da Tribuna da Bahia Online, TRIBUNA DA BAHIA.
Instituto do Casal publicou os resultados de uma
pesquisa realizada com casais brasileiros.
O
Instituto do Casal acaba de publicar os resultados de sua última pesquisa de
opinião, que tinha como objetivo avaliar o investimento dos casais brasileiros
em seus relacionamentos.
Um dos
principais resultados mostrou que 60% das pessoas casadas, que moram junto ou
que têm um relacionamento estável, dedicam uma hora ou menos por dia ao
relacionamento.
E essa
falta de tempo está diretamente relacionada à outra pergunta da pesquisa que
trouxe um dado curioso: a falta de tempo é para mais metade dos entrevistados
(54%) o que mais interfere no desejo sexual, perdendo apenas para a falta de
apoio e reconhecimento (48% e 40% respectivamente).
“Investir
é um termo relativamente novo quando falamos de relacionamento. Não se refere
às finanças, mas sim a nossa disposição e dedicação para fazer a relação dar
certo, o que inclui vários requisitos, entre eles o tempo que destinamos à
relação” explicam Denise Miranda de Figueiredo e Marina Simas de Lima,
psicólogas, terapeuta de casais e fundadoras do Instituto do Casal.
“Somos
ensinados a investir em nossa carreira, em nossa aparência física, em bens,
etc. Mas, ninguém nos ensina que para um relacionamento afetivo dar certo é
preciso investir nele, seja por meio do tempo dedicado ou de outros recursos,
como livros, jogos, terapia, viagens, cursos, entre outras atividades que
possam ajudar o casal a melhorar sua satisfação com a vida conjugal”, comentam
as psicólogas.
Como lidar com a falta de tempo?
“O
tempo é algo muito relativo. Podemos ficar um dia inteiro ao lado do (a) nosso
(a) parceiro (a) e não tirar proveito disso. Entretanto, mesmo que os casais
tenham pouco tempo para ficar juntos, é importante que aproveitem ao máximo
esses momentos, que devem ser dedicados ao casal, com atividades que ajudem a
conectá-los e a aumentar a intimidade”, afirma Marina.
Apoio e Reconhecimento.
Apoio e
reconhecimento são quesitos importantes para medir o investimento numa relação
amorosa. Na pesquisa, 35% dos entrevistados afirmaram que se sentem pouco
reconhecidos e 25% pouco apoiados, contra 65% e 75% que se sentem sempre ou
quase sempre reconhecidos e apoiados, respectivamente.
“Todo ser humano precisa de reconhecimento ou deseja ser
reconhecido. Dentro de um relacionamento afetivo, isso deve ser um exercício
diário para ambos. Precisamos reconhecer desde as coisas cotidianas, como o
cuidado com os filhos, a logística das atividades em casa, como as conquistas
profissionais, um corte de cabelo novo, etc. O mesmo vale para o apoio,
principalmente nas situações mais difíceis, precisamos saber que podemos contar
com nosso (a) parceiro (a)”, diz Denise.
Tarefas domésticas.
Esse
requisito sempre é controverso, mas para a maioria dos entrevistados, 65%, o
trabalho doméstico é dividido de forma equilibrada, o que é ótimo para a
satisfação conjugal. “Entretanto, nos chamou a atenção os comentários que
podiam ser feitos nessa questão. Ao todo tivemos 144 comentários, quase que
exclusivamente de mulheres, queixando-se que o trabalho doméstico acaba
sobrando pra elas na maior parte do tempo, o que corrobora o desequilíbrio na
distribuição de tarefas que ainda acontece em nossa sociedade, além de
prejudicar a satisfação conjugal.”, afirma Marina.
Finanças.
E
quando o assunto é finanças, 72% dos entrevistados consideram que as contas são
divididas de forma justa, outro ponto importante para a satisfação conjugal.
Individualidade x Casamento
A
pesquisa trouxe ainda uma pergunta para avaliar a individualidade ou o desejo
de realizar atividades sem o cônjuge. Quando perguntados se tivessem mais
dinheiro, que tipo de atividade gostariam de fazer, 85% dos entrevistados
gostariam de viajar com o (a) parceiro (a); 40% de praticar algum hobby com o
(a) parceiro (a) e 36% fazer algum esporte com o (a) parceiro (a). A minoria
optaria por fazer algo sozinho. “Esta última questão reforça a questão da
parceria. As pessoas casadas ou em relacionamentos estáveis valorizam ter um
(a) parceiro (a), gostam de estar em seus relacionamentos e ainda buscam por
isso”, disse Denise.
A
pesquisa foi realizada com 500 pessoas de todo o Brasil por meio de um
formulário online. A principal condição para responder era seu casado, morar
junto ou estar em um relacionamento estável. Veja a pesquisa completa aqui:
O
Instituto do Casal (IC) é uma organização que se dedica a práticas, pesquisas e
educação em relacionamentos e sexualidade humana. O IC oferece diversos recursos,
tanto para os casais que buscam autoconhecimento e terapias, quanto para
profissionais da área de saúde e educação que procuram ampliar e se aprofundar
nos temas relacionados à qualidade dos relacionamentos afetivos e sexuais. Veja
mais em: www.institutodocasal.com.br
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