FONTE: Tiago Dias, do UOL, em São Paulo (entretenimento.uol.com.br).
O Projeto de Lei
393/2011, mais conhecido como Lei das Biografias, deve ser votado apenas em
dezembro e com texto alterado. O deputado Newton Lima (PT-SP), autor do texto,
disse ao UOL que o projeto que pede a modificação dos
artigos 20 e 21 do Código Civil -- que prevê autorização prévia para a
divulgação de imagens, escritos e informações biográficas -- ganhará novo
parágrafo para garantir rapidez na Justiça em caso de informações falsas ou
ofensivas.
"Acolhi a
proposta dos Democratas (DEM) e acresci ao rito sumário a questão do Juizado
Especial. A ideia é que possamos reparar eventuais crimes com celeridade. O
Juizado Especial, previsto na lei 9099/95, também vai permitir acordos. O juiz
especial vai procurar as duas partes e resolver", explicou.
Lima assegurou que os
livros não deixarão de ser lançados, tampouco serão retirados de circulação.
Com o novo texto, no entanto, o biografado que se sentir lesado e ofendido com
inverdades poderá pedir a retirada do trecho específico. "Os livros não
saem da prateleira. Não se altera nada. Apenas trechos a posteriori poderão ser
retirados".
Após o debate acalorado sobre o tema exceder os corredores de Brasília --principalmente depois de artistas de renome, como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil se declararem a favor da autorização prévia para a publicação de uma biografia--, o projeto prometia receber atenção especial entre os mais 1,5 mil temas a serem votados. Acabou barrado no meio do caminho por um recurso proposto por deputados.
O projeto de lei pede a modificação do artigo 20 do Código Civil, que possibilitou Roberto Carlos proibir a comercialização de sua biografia não autorizada, "Roberto Carlos em Detalhes", lançada pelo jornalista Paulo César de Araújo, em 1997.
Após o debate acalorado sobre o tema exceder os corredores de Brasília --principalmente depois de artistas de renome, como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil se declararem a favor da autorização prévia para a publicação de uma biografia--, o projeto prometia receber atenção especial entre os mais 1,5 mil temas a serem votados. Acabou barrado no meio do caminho por um recurso proposto por deputados.
O projeto de lei pede a modificação do artigo 20 do Código Civil, que possibilitou Roberto Carlos proibir a comercialização de sua biografia não autorizada, "Roberto Carlos em Detalhes", lançada pelo jornalista Paulo César de Araújo, em 1997.
Audiência no
STF.
A polêmica das
biografias não autorizadas abriu as discussões no STF (Supremo Tribunal
Federal) às 9h desta quinta-feira (21) com apoio
da maioria dos participantes à extinção da censura prévia para a divulgação de imagens, escritos e informações
biográficas. Dos 17 convocados para a apresentação de defesas, 14 deles
posicionaram-se a favor da publicação dos livros e três, contra.
Mais de 40 pessoas e
entidades se inscreveram para participar da audiência, mas a relatora barrou a
participação de pessoas que viveram situações prévias na Justiça. Sendo assim,
os advogados de Roberto Carlos ficaram de fora e nenhum representante do
Procure Saber --grupo liderado por Paula Lavigne, que conta com o apoio de
Caetano Veloso, Gilberto Gil, Djavan, Chico Buarque e Milton Nascimento--
esteve presente na audiência.
O caso das
biografias.
A polêmica sobre as
biografias voltou a ser debatida quando a produtora Paula Lavigne afirmou em
entrevista ao jornal "Folha
de S.Paulo" que os músicos estavam se
mobilizando para impedir a mudança na legislação que submete a publicação de
biografias à autorização dos biografados.
O grupo é o mesmo
que, em julho, conseguiu
pressionar o Senado a colocar em pauta e
aprovar o projeto de lei que modifica as regras de arrecadação e distribuição
de direitos autorais musicais.
O presidente do STF,
ministro Joaquim Barbosa, já afirmou
ser a favor da publicação de biografias não autorizadas. "Não acho razoável a retirada do livro do
mercado. O ideal seria a liberdade total, mas cada um que assuma os riscos. Se
violou o direito de alguém vai ter que responder financeiramente por
isso", disse Barbosa.
Diversos escritores e
artistas também já se manifestaram contra a proibição de biografias. Entre eles,
Ruy
Castro, Paulo
César de Araújo, Alceu
Valença e a filha
de Adoniran Barbosa. No começo do mês, após ser
criticado por Caetano Veloso, Roberto
Carlos anunciou sua saída do grupo Procure Saber.
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