FONTE: Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
Pessoas que consomem
uma porção diária de oleaginosas, como castanhas e nozes, têm uma redução de
20% no risco de morrer de qualquer doença e ainda tendem a ser mais magras.
É o que mostra um estudo conduzido por cientistas do Instituto de Câncer Dana-Farber, do Brigham and Women's Hospital, e da Escola de Saúde Pública de Harvard, nos EUA. Os resultados estão no periódico New England Journal of Medicine.
Trata-se do maior trabalho desse tipo já publicado: os pesquisadores analisaram dados de 76.464 mulheres no período de 1980 a 2010 e de 42.498 homens entre 1986 to 2010.
"O benefício mais óbvio foi a redução em 29% de mortes decorrentes de doenças do coração", afirmou o médico Charles Fuchs, do Dana-Farber, um dos autores do trabalho. "Mas também observamos uma redução significativa - de 11% - nas mortes por câncer."
Os pesquisadores não conseguiram determinar quais os tipos de oleaginosa mais benéficos à saúde - a redução na mortalidade foi similar entre consumidores de amendoim, castanha de caju, castanha do Pará, macadâmia, pistache, noz comum e noz pecan.
Estudos anteriores já tinham associado o alto consumo de oleaginosas à diminuição do risco de doenças como diabetes tipo 2, câncer de cólon, cálculo biliar e doenças do coração. O fato também foi ligado à redução do colesterol, do estresse oxidativo e dos níveis de inflamação, adiposidade e resistência à insulina. Mas nenhum deles envolveu tanto tempo e um número tão grande de pessoas.
Os pesquisadores usaram duas grandes bases de dados em que os participantes respondiam questionários sobre hábitos alimentares e saúde em intervalos de dois a quatro anos. A porção de oleaginosas declarada por eles era de mais ou menos 29 gramas, quantidade que geralmente é oferecida em saquinhos vendidos em máquinas nos EUA. Quanto mais frequente era o consumo, maiores os benefícios notados.
Uma análise mais detalhada permitiu concluir que os consumidores de oleaginosas têm características que também contribuem para a redução de doenças: eles são mais magros, menos propensos a fumar e a beber, se exercitam mais, consomem mais frutas e verduras e usam suplementos. Mas os resultados foram confirmados mesmo com esses fatores isolados na análise.
Os autores avisam que
o estudo não tem como comprovar causa e efeito. Mas lembram que a conclusão é
compatível com outros estudos que mostram os benefícios do consumo de
oleaginosas.
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