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Mal-estar,
agitação, respiração ofegante,
batimento cardíaco acelerado, sensação de padecimento. Esses são apenas
alguns sintomas da angústia. A inquietação promovida leva a uma
opressão interna descontrolada, seguida de um aumento da introspecção,
sofrimento, desencadeando problemas emocionais ou
existenciais.
Muitas vezes, nem mesmo
é possível saber o motivo real de se estar assim. “Na verdade, a angústia é
indefinida porque ela não tem um alvo certo. As pessoas falam ‘estou triste
porque aconteceu tal coisa’, a angústia não. Ela não tem nada definido, só
existe aquele incômodo, aquele nó na garganta, aquela pressão no peito, e uma
sensação de que alguma coisa vai acontecer, mas não tem nada muito claro”,
elucida a psicóloga Cláudia Melo.
Sintomas da angústia.
A descoberta do
sentimento de angústia, muitas vezes, vem quando ele começa a afetar o dia a dia
da pessoa, impedindo esta de trabalhar, sair de casa, ter
relacionamentos. É aí também que ela precisa buscar uma ajuda profissional.
Apesar de não se saber ao certo o motivo, o problema apresenta indícios no
comportamento de quem sofre com ela.
O primeiro desses
indicativos é a dificuldade de decisão, como conta Cláudia: “Uma pessoa que
está sempre se achando oprimida, sente-se diferente das outras, não consegue
compartilhar momentos e sentimentos, nem se colocar no lugar do outro porque a
angústia toma conta total de suas ações”.
Outro comportamento
típico e fácil de ser notado é o isolamento social. “A pessoa que sofre com
este problema, normalmente, mostra-se mais inquieta, como se não conseguisse
controlar as sensações. Por isso, tende a se isolar, se irritar mais
facilmente, ficar mais ansiosa,
insegura e com pensamentos negativos”, explica a profissional.
Questionamentos sobre a
vida, culpas e frustrações vêm à tona, gerando um sentimento de desamparo. O
indivíduo fica em profunda tristeza, sem saber como sair do lugar. Entre as
variações que podem existir desse sentimento, duas são importantes: caso ocorra
por questões existenciais mal resolvidas, podem levar a outros quadros como
a depressão, e se ocorrer devido a
questionamentos sobre a vida e mudanças, podem ser o impulso que faltava para
atitudes que farão a diferença.
Além dos sintomas da
angústia, o indivíduo pode desenvolver doenças que estavam silenciosas caso
tenha certa predisposição. Problemas como desinteresse sexual, fadiga crônica,
transtornos alimentares, insônia ou
excesso de sono também podem aparecer.
O sofrimento mental e
emocional leva a doenças físicas de toda sorte, incluindo problemas cardíacos e
pulmonares e até câncer. A mente e o corpo
estão ligados. Quando um fica ruim, o outro padece também.
Aprenda a lidar com o
problema.
A especialista sugere
algumas atitudes que podem ser mantidas diariamente com o objetivo de garantir
mais qualidade de vida, bem-estar na rotina e aliviar os sintomas da angústia.
“É importante ter em mente que você deve ser sua prioridade sempre. É como o respirador
de um avião: primeiro você coloca no seu rosto para depois ajudar o outro”,
exemplifica Rosely
Cordon, professora pesquisadora.
1. Celular e TV devem
ser evitados próximo a hora de dormir.
A luz de equipamentos
eletrônicos prejudica a reprodução do hormônio responsável pelo sono, a
melatonina, provocando a diminuição do estado de alerta no dia seguinte. A
professora explica que “dormir
bem é
um dos aspectos mais importantes para a manutenção da saúde. É um hábito
associado não só à prevenção de doenças, mas também a melhoras no humor e no
bem-estar mental”.
2. Exercícios físicos
diários.
Praticar todos os dias
traz bem-estar mental e ajuda a tratar a ansiedade, já que atividades físicas ajudam a
produzir serotonina, o hormônio do bem-estar. A prática também diminui o risco
de doenças no coração, pressão alta, osteosporose, diabetes e obesidade.
3. Bons hábitos de
higiene pessoal.
A higiene pessoal é
todo cuidado corporal. Ela não se refere só a tomar banho e escovar os dentes e
trocar de escova regularmente principalmente depois daquela gripezinha para
evitar o mau hálito e outras doenças
bucais, cuidar do corpo e de sua limpeza, mas também de
zelar pela saúde integral, que inicia pelo corpo, passando pela mente, emoções
e a espiritualidade dentro do ambiente que se está no momento.
4. Organização da casa.
Uma casa arrumada,
limpa e organizada traz uma série de
benefícios para toda a família. “Além do bem-estar físico e mental, também
relaxa e ajuda a saúde, melhora o visual do ambiente, dá disposição, favorece a
criatividade, otimiza o tempo, oferece praticidade ao dia a dia, renova o
estado de espírito, economiza dinheiro, melhora a saúde integral, reduz a
ansiedade, baixa os níveis de estresse, promove integração e mantém o
equilíbrio”, explica a especialista.
5. Cozinhar uma
refeição nutritiva.
A atividade contribui
para boa saúde e integração da família. Cozinhar a própria refeição pode
certamente ajudar a evitar várias doenças crônicas e os sintomas da angústia,
já que permite maior controle dos ingredientes que estão sendo usados e, assim,
uma alimentação mais equilibrada em termos dos ingredientes nutricionais.
6. Aguçar e viajar
pelos cinco sentidos.
Aproveite para
identificar cada um deles, estimular as sensações, desenvolver o
autoconhecimento, reconhecer e identificar os diferentes sons, cheiros,
sabores, texturas e imagens. “O objetivo é o de compreender as sensações que
são despertadas e reconhecer os diferentes sentimentos que podemos ter”, ensina
a pesquisadora.
7. Faça um escalda-pés.
É um método perfeito
para relaxar, principalmente com uma música que goste, servirá a você como
uma musicoterapia. Pode ser feito com
uma mistura de água morna, sal grosso e óleo aromático de camomila ou alecrim.
8. Meditar, rezar ou
relaxar.
Pratique o que faz bem
para você. A ideia é a de promover um relaxamento, um momento de desconexão com
os problemas, preocupações e até das mídias. Para isso, basta deitar, ou
sentar, e fazer alguns exercícios de respiração, uma oração ou escutar uma
música e se desligar da tomada.
9. Conversar e rir com
os amigos.
Diversos estudos têm
demonstrado que contar com bons amigos melhora a nossa saúde, tanto física
quanto mental. Para Rosely, “a amizade ajuda a reduzir o estresse, contribui
para melhorar a saúde, o coração se fortalece e traz para a nossa vida uma dose
extra de ternura, que é o melhor antídoto contra a amargura”.
10. Contemplar a
natureza e ter contato com o sol.
Beneficia a saúde
física e mental, mesmo que for a plantinha da
sua varanda ou no parapeito da janela do apartamento. Já a vitamina D é
importante para a saúde mental, e ela só pode ser produzida pelo organismo
quando há contato com o sol.
11. Ler um livro.
Há muitos benefícios em
perder-se em um bom livro. O hábito reduz o estresse, melhora o sono, a
conectividade do cérebro, amplia o conhecimento geral, expande o vocabulário,
melhora do foco e concentração, mantém a mente jovem e ativa evitando doenças e
combate a depressão.
12. Projetos pessoais.
E sabe aquela ideia de
escrever um blog, um livro, montar um site, terminar seu TCC ou a revisão de
artigos para sua tese de mestrado ou doutorado, ou ainda qualquer outra ideia
que vem te seguindo faz tempo? Coloque ela em prática! Crie etapas e vá fazendo
passo a passo.
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