FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia
(SBN) mostram que existem cerca de 100 mil brasileiros em diálise, com uma taxa
de internação hospitalar de 6% ao mês e um gasto anual somente com a
terapia renal substitutiva (hemodiálise e diálise peritoneal) de mais de R$ 2,2
bilhões.
A inclusão da creatinina no
pedido de exame de
sangue pode impedir e retardar o avanço da enfermidade, que causa a morte
de 14% de pacientes em diálise por ano, já que 70% descobrem a doença
tardiamente. Simples e eficaz, o exame pode ser feito nas Unidades Básicas
de Saúde (UBS), assim como os testes de colesterol, glicose e outros exames de sangue comuns e importantes
para a prevenção de doenças crônicas.
Em 2012, um acordo inédito entre
a SBN e o Ministério da Saúde incluiu também a dosagem de creatinina e o exame de urina na Pesquisa Nacional de Saúde que o órgão realiza em
2013, em parceria com o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE).
A pesquisa foi iniciada em agosto e avaliará cerca de 80 mil habitantes.
“Medir os índices de creatinina no sangue é
uma maneira simples de saber se os rins estão funcionando normalmente. A
insuficiência renal é uma doença silenciosa em que os sintomas se manifestam em
estágios avançados, na maioria das vezes já em fase de diálise ou transplante
renal”, afirma Daniel Rinaldi dos Santos, presidente da SBN.
A creatinina circula pelo sangue
e serve como um marcador do funcionamento dos rins, sobretudo para avaliar sua capacidade de
filtração. A sua alteração aumenta o risco de mortalidade por causas cardiovasculares. A
presença da creatinina no organismo apresenta uma variação em relação ao sexo e
ao volume de massa muscular. A sua concentração no sangue é maior nos homens e
nos atletas.
Nas mulheres, crianças e idosos, a
concentração sanguínea é proporcionalmente menor. A quantidade de creatinina
aumenta à medida que ocorre a diminuição da função dos rins. Por isso, são
utilizados como marcadores da função renal. Os aumentos se tornam
significativos quando existe uma perda de mais de 50% da função dos rins.
O presidente da SBN alerta também
para medidas simples que podem
prevenir o aparecimento de doenças renais:
-- evitar o excesso de sal e o consumo de carne vermelha e gorduras
-- evitar o excesso de peso
-- fazer exercícios regularmente
-- não fumar
-- controlar a pressão arterial e o diabetes
-- evitar o excesso de sal e o consumo de carne vermelha e gorduras
-- evitar o excesso de peso
-- fazer exercícios regularmente
-- não fumar
-- controlar a pressão arterial e o diabetes
Além disso, diz ele, é necessário fazer uso
adequado de medicamentos, evitar remédios que agridam os rins e consultar
regularmente o clínico e o nefrologista. Pacientes idosos, portadores de doença
cardiovascular e pacientes com histórico de doença renal em familiares têm
grande potencial para desenvolver lesão renal e devem ser investigados com
triagem de exames de urina e dosagem de creatinina no sangue.
Números.
-- 15 milhões de pessoas têm disfunção renal
-- 50/100.000 habitantes é a prevalência da
doença no país
-- 100 mil brasileiros em diálise
-- 70% dos pacientes em diálise descobrem a
doença tardiamente
-- 2,2 bilhões de reais são gastos em
tratamentos dialíticos
-- 14% é a taxa de mortalidade de pacientes
em diálise
-- 50% é a taxa de mortalidade de IRA
(Injúria Renal Aguda)
-- 1 em cada 6 hipertensos terá doença renal
-- Nefrite é a terceira causa de diálise no
Brasil
-- 8,8% foi o percentual de crescimento de
transplante renal em 2012
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