São Paulo – Um estudo publicado no British Medical Journal
pode mudar tudo que se sabe sobre dietas. Segundo cientistas, não é um regime à
base de gordura saturada que provoca diabetes e problema
cardíacos e, sim, um recheado de gordura trans.
De acordo com a pesquisa, o
consumo de gorduras trans está associado a um aumento de 30% no risco de uma
pessoa ter ataques cardíacos. Os cientistas também descobriram que as pessoas
que mantém uma dieta rica em gorduras trans têm 18% mais chance de morrer dos
efeitos de uma doença cardíaca.
Devido à utilização desta técnica, os cientistas não puderam responder a todas as questões
relacionadas ao assunto. Por exemplo, não havia dados suficientes para
determinar se a gordura trans está relacionada a um aumento do risco de
diabetes do tipo 2.
Além disso, como as gorduras saturadas são uma classe de
compostos, alguns pesquisadores acham que algumas delas são mais saudáveis do
que outras. No entanto, é difícil dizer se isso é verdade a partir desta
pesquisa, pois os cientistas avaliaram o efeito do consumo de grandes
quantidades de gordura saturadas.
Vai e vem de dietas.
O estudo desbancou uma ideia aceita por vários médicos e nutricionistas. Ele revelou que as gorduras
saturadas não estão associadas a doenças cardíacas, derrame, diabetes ou morte
precoce.
No mesmo ano, Keys foi capa da revista TIME e ditou um novo
regime para os americanos. Segundo o professor, os cidadãos deveriam cortar as
gorduras saturadas de suas dietas de 40% para 15% para evitar o aumento nas
taxas de colesterol no sangue.
Vários médicos começaram a dizer para seus pacientes que
era mais saudável comer margarina do que manteiga. Porém, aparentemente, o
vilão aqui é a manteiga. A margarina é um dos alimentos que mais possui
gorduras do tipo trans.
Nada novo de novo.
A medida, determinada pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), animou muitos médicos. De acordo com o site do hospital Albert Einstein, este tipo de gordura eleva o colesterol ruim
(LDL) e diminui o colesterol bom (HDL).
Pesquisas anteriores também descobriram que as gorduras
trans podem aumentar o risco de doenças
cardíacas e até afetar a memória.
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