Alimentos hiperpalatáveis
sao os alimentos que, devido à combinação de alimentos ligados ao sabor, são
difíceis de resistir.
Você já se deparou com
uma situação na qual não consegue parar de comer um alimento, mesmo que a fome
já esteja saciada? Talvez esse seja um alimento “hiperpalatável”.
“Um alimento
hiperpalatável é aquele que o resultado dos componentes, como gordura,
sódio, açúcar e carboidratos o torna mais saboroso. Exemplos são chocolates,
salgadinhos de pacote e biscoitos, mas ainda há uma grande limitação nas
pesquisas que envolvem esse tipo de alimento”, afirma a Dra. Marcella Garcez,
médica nutróloga e professora da Associação Brasileira de Nutrologia.
Levando em consideração
a falta de um consenso para os alimentos altamente palatáveis, pesquisadores
desenvolveram uma definição quantitativa para os alimentos hiperpalatáveis,
como foi publicado pelo periódico Obesity em novembro de 2019. Os pesquisadores
definiram como alimentos hiperpalatáveis aqueles que contêm: mais de 25% de sua
energia proveniente das gorduras e 0,3% ou mais do seu peso de sódio,
como o bacon, cachorro-quente e algumas pizzas; mais de 20% de sua energia
proveniente de açúcares simples
e o mesmo percentual de gorduras. Por exemplo: brownie, bolo e sorvete; ou mais
de 40% da energia proveniente de carboidratos e 0,2% do seu peso de sódio, como
pães e biscoitos. Esses alimentos podem estar envolvidos na ativação do nosso
circuito de recompensa, criando uma experiência altamente gratificante. Assim,
fica difícil parar de comê-los, mesmo quando já estamos saciados”, complementa
a Nutróloga.
Um dado interessante da
pesquisa é que até alimentos ditos dietéticos podem estar inclusos no grupo dos
hiperpalatáveis. Como explicar isso? Segundo a Dra. Marcella, muitos alimentos
definidos como zero, diet ou light são vendidos como produtos “mais saudáveis;
porém, ao reduzirem um determinado nutriente, como as gorduras, são adicionados
nutrientes compensatórios, como carboidratos.
Além disso, para manutenção do sabor e textura, aditivos alimentares costumam
ser utilizados. O estudo indicou também que alimentos naturais (não
industrializados) não apresentaram critérios de hiperpalatabilidade.
Por fim, a Dra.
Marcella diz que não é necessário cortar completamente esse tipo de comida da
alimentação, contanto que os excessos sejam evitados. “Ter conhecimento que
certas combinações tornam os alimentos mais palatáveis contribui para comermos
com mais consciência. O ideal é se consultar com um profissional da nutrologia
para realizar uma dieta equilibrada e ideal para o que o seu corpo precisa”,
finaliza a especialista.
*** FONTE: DRA.
MARCELLA GARCEZ.
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