FONTE: Cintia Baio, Colaboração para o UOL, (noticias.uol.com.br).
Durante a gestação,
amigos, familiares e até desconhecidos costumam encher a futura mamãe com
sugestões e palpites. Todo mundo tem uma dica infalível para o fim do enjoo,
para descobrir o sexo do bebê ou para garantir o crescimento saudável da
criança. Mas um dos principais debates envolve o que é ou não permitido comer
ao longo dos nove meses.
Aquela velha história
de que grávida não deve se preocupar com a balança, uma vez que está comendo
por dois, é a primeira na lista de mitos. "O ideal é a gestante ganhar de
9 a 13 quilos. Pacientes com baixo peso podem engordar até 15 quilos. Já obesas
ou com sobrepeso devem fazer um controle rigoroso do peso, para ganhar o mínimo
possível sem prejudicar o desenvolvimento fetal", explica o ginecologista
Ricardo Luba. Para saber o que é verdade entre tantos conselhos, quatro
especialistas responderam às principais dúvidas sobre a alimentação nesta fase:
Carne crua ou
mal passada.
Ao consumir carnes cruas ou mal passadas existe o risco de transmissão de toxoplasmose, uma doença causada por um parasita que pode causar aborto ou má formação do feto. O quadro é grave quando a gestante não apresenta imunidade ao parasita, ou seja, nunca entrou em contato com ele no passado. Os sintomas são parecidos com o da gripe e apenas exames de sangue conseguem indicar a doença. Portanto, as gestantes precisam ficar longe de pratos como carpaccio e quibe cru.
Ao consumir carnes cruas ou mal passadas existe o risco de transmissão de toxoplasmose, uma doença causada por um parasita que pode causar aborto ou má formação do feto. O quadro é grave quando a gestante não apresenta imunidade ao parasita, ou seja, nunca entrou em contato com ele no passado. Os sintomas são parecidos com o da gripe e apenas exames de sangue conseguem indicar a doença. Portanto, as gestantes precisam ficar longe de pratos como carpaccio e quibe cru.
Comida
japonesa.
O peixe cru não é recomendado durante a gravidez. "Prefira outros pratos da culinária japonesa que sejam preparados com carnes cozidas", diz Luciana da Costa, gerente de nutrição do Hospital e Maternidade Santa Joana. No entanto, ingerir o alimento não causa aborto ou má formação do feto, como dizem. O ideal é não optar pelo peixe cru para evitar possíveis intoxicações alimentares.
O peixe cru não é recomendado durante a gravidez. "Prefira outros pratos da culinária japonesa que sejam preparados com carnes cozidas", diz Luciana da Costa, gerente de nutrição do Hospital e Maternidade Santa Joana. No entanto, ingerir o alimento não causa aborto ou má formação do feto, como dizem. O ideal é não optar pelo peixe cru para evitar possíveis intoxicações alimentares.
Café preto e
ingredientes com cafeína.
Os estudos sobre os impactos da cafeína na gestação ainda são conflitantes. Mas o consumo de até 200 mg por dia, o equivalente a 300 ml de café, não demonstrou risco. "Quantidades maiores podem estar associadas a baixo peso ao nascer e maior risco de aborto espontâneo, bem como insônia, irritabilidade, dores de cabeça e desidratação da mãe", explica Luciana.
Os estudos sobre os impactos da cafeína na gestação ainda são conflitantes. Mas o consumo de até 200 mg por dia, o equivalente a 300 ml de café, não demonstrou risco. "Quantidades maiores podem estar associadas a baixo peso ao nascer e maior risco de aborto espontâneo, bem como insônia, irritabilidade, dores de cabeça e desidratação da mãe", explica Luciana.
Uma taça de
vinho.
Não existem estudos definitivos que indiquem qual é a quantidade segura para consumo de álcool tanto na gestação quanto durante a amamentação. No entanto, algumas pesquisas indicam que o consumo em grande quantidade de bebidas alcoólicas pela gestante pode provocar atraso mental, hiperatividade, dificuldade de aprendizagem, entre outros problemas para a criança.
Não existem estudos definitivos que indiquem qual é a quantidade segura para consumo de álcool tanto na gestação quanto durante a amamentação. No entanto, algumas pesquisas indicam que o consumo em grande quantidade de bebidas alcoólicas pela gestante pode provocar atraso mental, hiperatividade, dificuldade de aprendizagem, entre outros problemas para a criança.
Comer
chocolate antes de fazer um exame de ultrassom.
Por ser um alimento de alta carga glicêmica (muita quantidade de açúcar por porção), o consumo pode estimular a movimentação do bebê em gestantes que estiverem de jejum prolongado. Seguindo esse raciocínio, qualquer alimento com alta quantidade de açúcar poderia promover essa alteração em gestantes em jejum", diz a nutricionista Dafne Oliveira. Vale lembrar que o chocolate pode ser um aliado na gestação, desde que consumido em pequenas quantidades. "Comer até 30 gramas de chocolate amargo por dia é benéfico para a gestante pelo teor antioxidante do cacau", explica a nutricionista Hannah Médici.
Por ser um alimento de alta carga glicêmica (muita quantidade de açúcar por porção), o consumo pode estimular a movimentação do bebê em gestantes que estiverem de jejum prolongado. Seguindo esse raciocínio, qualquer alimento com alta quantidade de açúcar poderia promover essa alteração em gestantes em jejum", diz a nutricionista Dafne Oliveira. Vale lembrar que o chocolate pode ser um aliado na gestação, desde que consumido em pequenas quantidades. "Comer até 30 gramas de chocolate amargo por dia é benéfico para a gestante pelo teor antioxidante do cacau", explica a nutricionista Hannah Médici.
Chás.
Embora alguns chás tragam a sensação de relaxamento, eles não são, geralmente, indicados para gestantes. Alguns, como o de canela e cravo da índia, podem ser abortivos por causar constrição sanguínea e dos músculos do útero. Outros, como o chá preto, podem acelerar o metabolismo e causar palpitações cardíacas. É claro que os efeitos só serão sentidos quando as bebidas forem ingeridas constantemente e em grandes quantidades. Por isso, vale conversar com o obstetra para saber o que você pode ou não beber.
Embora alguns chás tragam a sensação de relaxamento, eles não são, geralmente, indicados para gestantes. Alguns, como o de canela e cravo da índia, podem ser abortivos por causar constrição sanguínea e dos músculos do útero. Outros, como o chá preto, podem acelerar o metabolismo e causar palpitações cardíacas. É claro que os efeitos só serão sentidos quando as bebidas forem ingeridas constantemente e em grandes quantidades. Por isso, vale conversar com o obstetra para saber o que você pode ou não beber.
Águas
aromatizadas e sucos.
Recomenda-se o consumo de 1,5 a 2 litros de água por dia. Com isso, a gestante garante uma melhor circulação sanguínea e a irrigação do útero e da placenta. Além disso, a água ajuda a estabilizar a pressão arterial, eliminar toxinas e manter o líquido amniótico em níveis satisfatórios. Sucos e águas aromatizadas também entram na conta.
Recomenda-se o consumo de 1,5 a 2 litros de água por dia. Com isso, a gestante garante uma melhor circulação sanguínea e a irrigação do útero e da placenta. Além disso, a água ajuda a estabilizar a pressão arterial, eliminar toxinas e manter o líquido amniótico em níveis satisfatórios. Sucos e águas aromatizadas também entram na conta.
Refrigerante.
Assim como o consumo exagerado de café não é permitido, outras bebidas cafeinadas e industrializadas, como chá verde, energéticos e refrigerantes à base de cola, devem ser evitadas pela gestante. Segundo o ginecologista Ricardo Luba, a atenção deve ser redobrada no primeiro trimestre. "Após os três primeiros meses, o consumo deve ser moderado".
Assim como o consumo exagerado de café não é permitido, outras bebidas cafeinadas e industrializadas, como chá verde, energéticos e refrigerantes à base de cola, devem ser evitadas pela gestante. Segundo o ginecologista Ricardo Luba, a atenção deve ser redobrada no primeiro trimestre. "Após os três primeiros meses, o consumo deve ser moderado".
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