FONTE: (http://leiamais.ba).
Alterações
aparecem de maneira gradativa e algumas proporcionam confortável
desenvolvimento para o bebê.
Um dos períodos
mais importantes na vida de uma mulher, a gestação, traz a cada dia, cada
semana, cada mês um sentimento diferente. No entanto, o período pode ser bem
incômodo, pois o corpo da mulher passa por diversas mudanças para acomodar e
cuidar do novo ser.
De acordo com
as enfermeiras Natalia Modica e Luciana Santos, da
Criogênesis, órgãos como pulmão, estômago, bexiga e intestinos da
mãe comprimem-se com o crescimento do bebê, o que pode causar alguns sintomas e
desconfortos. “Os nove meses de gravidez podem ser divididos em três trimestres
e, cada um, é marcado por algo importante no desenvolvimento do feto”,
comentam.
Para que as
futuras mamães tenham uma gestação tranquila e sem maiores problemas, as
especialistas explicam as principais mudanças que ocorrem no período
gestacional.
Fluxo
sanguíneo - O volume de sangue
pode aumentar até 50% (passando de 4,5 para 6,7 litros), o coração bate mais
rápido, traduzindo o esforço fisiológico para se adaptar às novas condições.
Sistema
excretor - A bexiga está
comprimida,o que explica por que as grávidas fazem “xixi” com maior frequência.
Além disso, os rins filtram um volume maior de sangue, o que resulta em uma
maior produção de urina.
Pele - 90% das gestantes desenvolvem manchas pelo corpo,
consequência do hormônio melanotrófico que age nas células da pigmentação e
acelera a síntese de melanina. “É importante ressaltar que as manchas somem,
normalmente, em até um ano após o parto, mais frequentemente naquelas que
usaram protetor solar na gravidez”, tranquilizam as profissionais. Em
contrapartida a oleosidade diminui e a acne desaparece.
Coluna - Para sustentar o peso extra, o eixo de equilíbrio se
desloca e as grávidas mudam a postura naturalmente. A partir do terceiro
trimestre, há uma acentuação da lordose, os ombros são jogados para trás e as
pernas ficam mais afastadas.
Útero
- Aqui os números impressionam
mesmo: o volume do órgão passa de 90 cm3 para 1 000 cm3 perto do parto,
aumentando em cerca de 20 vezes seu peso original. A quantidade de tecido
também se multiplica, deixando a região “bem molinha” para acomodar o embrião.
Sistema
digestivo - A retenção hídrica
atrasa a passagem do alimento por esse aparelho, levando à prisão de
ventre. “As paredes do intestino, estômago e bexiga amolecem por causa da
progesterona. Isso favorece o acúmulo de líquidos nos tecidos do estômago e a
pressão do útero sobre o órgão faz com que ele fique comprimido, dificultando a
digestão”.
Estrias - Quando o volume de gordura sob a pele aumenta
muito, as fibras da derme distendem e podem se romper.
Mamas – Os seios podem aumentar três vezes de tamanho
porque as glândulas mamárias se proliferam. Além disso, há maior acúmulo de
gordura e a prolactina começa a preparar o seio para a produção de leite, que
começa depois do parto. “Se o bebê pesa 3 kg, por exemplo, consumirá 450 ml de
leite por dia”, explicam Natalia e Luciana.
Cabelos - Talvez eles nunca tenham sido tão lindos. A
superprodução de estrógeno faz baixar a testosterona, hormônio que afina o fio,
facilitando seu desprendimento. Desse modo, dificilmente há queda. Depois do
parto, aí, sim, os fios a mais caem bruscamente.
Inchaço
– “A progesterona facilita a
retenção de água, enquanto o aumento uterino comprime a veia cava (veia que
transporta o sangue venoso do abdómen e dos membros inferiores para o coração),
no lado direito do corpo. Desta forma, a circulação desacelera e o sangue se
acumula nas pernas, pés e tornozelos”, finalizam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário