Gases.
Excesso de saliva. Hemorroida. Cocô no meio do trabalho de parto. “Gravidez não
é doença” é a frase predileta de quem não está na pele das mamães. Está mesmo
longe de ser uma patologia, mas é não é nada fácil lidar com todos esses sintomas bem
desagradáveis e ainda ter disposição para encarar trabalho,
casa, supermercado, salão de beleza e até – para as mais guerreiras – a rotina
com os outros filhos.
O
problema é que esses incômodos muitas vezes pegam as gravidinhas de primeira
viagem de surpresa. Afinal, quem já passou pelas quarenta semanas uma ou mais
vezes não costuma sair por aí contando todas as dificuldades que enfrentou. A
maior parte das mulheres se restringe a dizer que a gestação é desafiadora!
Por
isso, nas nossas redes sociais, pedimos para as mamães não esconderem o jogo.
Nada de pé que não cabe no sapato e seios que não param de crescer. Procuramos saber quais foram as ~piores~ situações que
elas encararam, aquelas nada a ver com a gravidez de novela, mas sim as mais
cabeludas, as que você gostaria de ter se preparado e ninguém avisou antes –
por mais que o Dr. Rodrigo da Rosa Filho, ginecologista, obstetra e
especialista em reprodução humana da Clínica Mater Prime, de São Paulo, tenha
assinado embaixo ao afirmar que todas elas são comuns.
Eis
uma lista nada cor-de-rosa de tudo que pode acontecer nesses nove meses de
espera. Mas calma, não precisa se desesperar, pois em uma opinião as mamães são
unânimes: você esquece tudo isso quando pega o seu bebê no colo pela primeira
vez. Esquece tanto que faz de novo! Por quê? Por aquela verdade clichê que todo
mundo já sabe e, mesmo assim, se surpreende quando acontece: o amor de mãe – esse sim é rosa-choque.
Confira
a série completa da #GestaçãoNaReal:
1.
GASES.
Esse
desconforto atinge 90% das gestantes. E o mal se dá porque o intestino funciona bem mais
lentamente na gravidez (sim, pode
esperar por outros probleminhas relacionados a isso) e também pela ação hormonal no
corpo da mulher. Então, prepare-se (e quem mais estiver ao seu redor) para as
dores e para o resto do pacote que acompanha os gases, pois é bem possível que
eles sigam com você por toda a gestação – e até mesmo um pouco depois dela!
2. SALIVAÇÃO
EXCESSIVA.
Também
conhecida como sialorreia. A condição costuma ocorrer com mais da metade das
gestantes, logo no primeiro trimestre, e não passa de mais uma alteração fisiológica, típica
de gravidez. Não precisa se preocupar! Para ajudar, algumas mamães apostam em alimentos mais
ácidos.
3. HEMORROIDAS.
Acontece
nas melhores famílias. Entenda: na gravidez, dentre as muitas alterações
fisiológicas, duas estão muito próximas: o intestino lento e a vasodilatação
(ambas totalmente normais no período). E, bem… O problema de ter prisão de
ventre e veias dilatadas ao mesmo tempo resulta nisso mesmo que você está
pensando: hemorroidas.
4. LINHA
NIGRA.
Opa!
E essa linha escura que apareceu na barriga? Não é pelo, descuido ou uma mancha
vitalícia. Ela costuma dar as caras lá pela 14ª semana porque a alteração hormonal influencia no
aparecimento de manchas no corpo da grávida e, sim, ela vai embora depois que o bebê nasce!
5. SÍNDROME
DO TÚNEL DO CARPO.
O
nome pode assustar, mas o problema é comum em 50% das grávidas e causa dor e
dormência nos punhos e mãos. Isso porque, com a retenção de líquido aumentada (típica da gestação), os nervinhos dessa região do
carpo ficam muito comprimidos. Quem já teve diz que a dor é bem chata. Para
contorná-la, os médicos costumam indicar fisioterapia e drenagem, além de
analgésicos que aliviem os sintomas.
6. COLOSTRO
INESPERADO.
Não
tem como prever ou prevenir, o colostro pode simplesmente
aparecer e fazer um estrago total
no seu look já no primeiro trimestre. Sinal de que seu corpo está a todo vapor
para produzir o leite que alimentará seu filhote nas primeiras mamadas.
Enquanto esse dia não chega, lembre-se: se não quiser passar aperto, proteja a
região dos seus seios ou comece a carregar uma blusinha reserva na bolsa.
7. DOR
NA SÍNFISE PÚBICA.
Primeiro,
localize-se: a sínfise púbica é uma cartilagem no final do quadril, que une os
ossos da bacia na parte inferior. O que acontece é que, durante a gravidez, ela
tem que amolecer para aumentar o diâmetro do quadril e, assim, o bebê possa se
encaixar. E isso dói! Espere sentir na reta final, lá para o terceiro
trimestre.
8. ESCURECIMENTO
DOS MAMILOS.
Percebeu
que seus mamilos não eram bem dessa cor antes do teste dar positivo? Fique
calma, é comum! A ação dos hormônios escurece a aréola e o mamilo e deve ficar
assim ainda por cerca de quatro a seis meses depois que o bebê nascer – depois
desse período, tudo volta ao normal.
9. COCÔ
NO PARTO NORMAL.
Sim,
é muito comum! Acontece porque a força para empurrar o bebê é a mesma que se faz para evacuar. Antigamente, as
mulheres faziam até uma lavagem intestinal pré-parto, mas hoje isso é
completamente contraindicado. Pode relaxar! Os médicos e enfermeiros estão
acostumados e ninguém além deles vai perceber uma movimentação inusitada por
ali. Vamos combinar: quem vai se lembrar de reparar nesse detalhe no meio da
euforia da chegada do bebê?
10. AUMENTO
DO CORRIMENTO.
A
calcinha tem ficado diferente? A ação hormonal da gravidez também pode aumentar
o fluxo do corrimento vaginal, que deve ser incolor e livre de odores. Qualquer
alteração (como um cheiro forte), pode ser sinal de infecção – por isso é
importante relatar ao seu médico durante as consultas do pré-natal. Caso contrário, é normal e deve parar logo depois do
puerpério.
*** Para a ilustração dos cards foram usadas imagens do app EmojiMom, disponível
para download gratuito nas plataformas Apple e Android.
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