FONTE: *** Heloísa Noronha, Colaboração para o UOL (http://estilo.uol.com.br).
Mesmo que o sexo entre vocês seja bom, sempre dá
para melhorar. Para descobrir como, precisa de uma conversa sincera --de
preferência, bem descontraída. Afinal de contas, a ideia é atingir um novo
nível de intimidade, e não ter uma DR. Para isso, que tal inspirar-se em
algumas perguntas bem certeiras?
1. O que poderíamos fazer de diferente na
cama?
Em vez de disparar algo como "O que você não
gosta quando a gente transa?" --que, em geral, retrai e conduz a respostas
pouco (ou nada) verdadeiras-- essa é uma forma sutil de levar a outra pessoa a
dar dicas sobre o que precisa melhorar.
2. O que você acha excitante e te dá o
maior tesão?
Essa pergunta é bacana porque abre um leque de
possibilidades: o outro pode responder desde coisas do dia a dia (uma certa roupa
que você usa, um jeito de se comportar etc.) ou atitudes na cama, mesmo, como
uma determinada posição ou maneira de fazer sexo oral.
3. Quais são as suas fantasias sexuais?
Atnção: fantasias, no plural! O outro vai listar
vários desejos e você tem a oportunidade de, entre as opções, achar (pelo menos
uma, né?) algo que combine com as suas expectativas e vontades.
4. O que você aceitaria fazer que ainda
não fizemos?
A intenção é abrir espaço para a pessoa revelar
vontades que sonha em colocar em prática, mas que ainda tem um certo receio ou
encara a fantasia como um tabu. Também é uma maneira de ver quais são os
limites do par e aguçar o tesão. Juntos, vocês poderão discutir a possibilidade
de fazer ou não.
5. Podemos melhorar a nossa vida sexual?
Sempre dá para incluir mais erotismo no dia a
dia, por isso essa pergunta é importante. A partir da resposta, vocês poderão
conversar sobre o que um espera do outro e o que podem fazer para investir em
novidades, além de abordar expectativas e limites.
6. Nossa frequência sexual é boa para
você?
É claro que qualidade é mais importante do que
quantidade. Porém, principalmente entre casais que estão há muito tempo juntos,
um acaba abrindo mão do ritmo que gosta em prol do outro. E o fato de isso não
ser comentado pode abrir fendas profundas de mágoa e ressentimento na relação.
Converse a respeito para encontrar uma frequência satisfatória para ambos.
7. Você se sente livre para dizer, pedir e
fazer tudo o que tem vontade?
Como o desejo varia de pessoa a pessoa, o que é
extremamente prazeroso para um pode não ser para o outro, e vice-versa. Se
essas preferências não vêm à tona, fica difícil ter uma intimidade completa. É
preciso ser --e deixar o par ser, também-- livre para admitir o que curte ou
não. Caso contrário, homens e mulheres passam apenas a se contentar com as
estimulações mais comuns, deixando de usufruir sensações maravilhosas por
receio e vergonha do julgamento alheio.
8. Existe algo, em nossa vida sexual, que
te deixa desconfortável?
Práticas como sexo oral, sexo anal e coito
interrompido, embora muito usuais, não são necessariamente prazerosas para
todos, só para citar alguns exemplos. Se não sabemos como o outro se sente,
acabamos achando que a recusa é má vontade, egoísmo, falta de desejo e até
mesmo frescura. No entanto, se conversamos sobre isso, podemos entender melhor
e buscar alternativas que sejam agradáveis para os dois. E a outra pessoa pode
se sentir mais à vontade para rever a causa de seu desconforto e até tentar
praticar o que a aflige com mais prazer.
*** Fontes Consultadas: Adelsa Cunha,
psicóloga e coautora do livro “Por todas as formas do amor” (Ed. Ágora); Ana
Paula Magosso Cavaggioni, psicóloga e diretora da Clia Psicologia, Saúde e
Educação, de Santo André (SP); Breno Rosostolato, psicólogo e educador sexual;
Ricardo Desidério da Silva, pedadogo e educador sexual, e Samara Marchiori,
psicóloga e sex coach.
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