FONTE: Redação RedeTV! (http://www.redetv.uol.com.br).
A mais jovem bilionária do
mundo, Alexandra Andresen, recebeu US$ 1,2 bilhão (cerca de R$
4,5 bi) de seu pai, Johan H. Andresen, que construiu sua fortuna
através da empresa de tabaco de sua família.
Contudo, em 2001, a companhia foi alvo de uma polêmica após ter sido
acusada de utilizar tabacos que foram colhidos por crianças com menos de 10
anos em Milawi e no Zimbábue.
Segundo as informações do Daily Mail, organizações
antitabacos tentaram boicotar a "Tiedemanns Tobalsfabrik" e
políticos exigiram a criação de uma lei que proibisse o uso de trabalho
infantil nas companhias da Noruega.
Na época, Johan foi procurado para comentar o
caso, mas preferiu não falar sobre o assunto. Porém, dias depois, um porta-voz
da empresa afirmou que tinha conhecimento sobre a exploração, mas que a
companhia "nada podia fazer".
"Nós nos opomos ao trabalho infantil. Nós nos
distanciamos do trabalho infantil e tentamos operar com controle de qualidade
junto aos nossos fornecedores. Em princípio somos contra o trabalho
de crianças, mas o que podemos fazer?", declarou.
Para o doutor Karl Erik Lund, pesquisador e diretor
do Departamento de Álcool, Drogas e Tabaco da Noruega, "os Andresens são
ricos porque sua empresa foi responsável por sofrimentos".
Apesar das acusações, Johan não mostrou-se
solidário quando foi questionado sobre "como se sentia ao fazer fortunas
em cima de mortes e ferimentos graves". "Eu não penso nisso",
respondeu.
Em 2005, o magnata norueguês vendeu a empresa
por US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 1,8 bilhão) e durante as negociações
afirmou que fazia isso por uma "questão ética". Entretanto, seu
discurso não comoveu o doutor Lund, que criticou o bilionário.
"É fácil dizer que você está vendendo por
motivos éticos, mas quando você recebe US$ 500 milhões, pode haver outras
razões por trás", afirmou o diretor. "Ele não doou os US$ 500 milhões
para caridade. Sua explicação serviu apenas como camuflagem", concluiu.
Através do Instagram, Alexandra e sua irmã
Katharina, de 20 anos, ostentam com frequência carros e iates luxuosos.
Quinze
milhões de crianças estão fora da escola no Oriente Médio e norte da África. O
drama destes meninos e meninas é mostrado em um vídeo da Unicef, o Fundo das
Nações Unidas para a Infância.
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