Políticos dizem que
meta é evitar ataques de atiradores em escolas.
O legislativo da
Flórida aprovou na quarta-feira (1º) uma lei que permite aos professores
carregarem uma arma de fogo em sala de aula, desde que passem por um
treinamento nos moldes da polícia e por uma avaliação psiquiátrica.
Opositores à legislação
argumentam que menos armas deveriam estar nas escolas e que a medida deverá
causar acidentes fatais.
A Câmara dos
Representantes da Flórida – de maioria republicana – aprovou o projeto de lei
com 65 votos a favor e 47 contra. O Senado estadual havia aprovado a medida na
semana passada, e o governador republicano Ron DeSantis já sinalizou que vai
assiná-la.
Os defensores afirmam
que a nova lei ajudará a evitar que se repitam ataques em escolas como o de
fevereiro de 2018, em Parkland, quando um ex-aluno de 19 anos abriu fogo e
matou 17 pessoas, entre alunos e funcionários.
O projeto permite que
os professores dos distritos escolares que desejam participar do programa
voluntário portem uma arma em sala de aula depois de terem passado por um
treinamento de 144 horas e terem sido aprovados numa avaliação psiquiátrica.
Curso de treinamento.
Antes da aprovação da nova lei, funcionários escolares em 40 dos 67 condados da Flórida já haviam se matriculado – ou declarado que planejavam fazê-lo – no curso de treinamento, que segue os padrões de formação policial, segundo um porta-voz do presidente da Câmara estadual.
Antes da aprovação da nova lei, funcionários escolares em 40 dos 67 condados da Flórida já haviam se matriculado – ou declarado que planejavam fazê-lo – no curso de treinamento, que segue os padrões de formação policial, segundo um porta-voz do presidente da Câmara estadual.
Os defensores da
medida, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump, e a Associação Nacional
do Rifle (NRA), argumentam que os professores armados representam a melhor
resposta rápida a incidentes que envolvem atiradores em escolas.
"Armar professores
é a receita para uma tragédia", disse o ex-chefe de polícia da cidade de
Orlando e representante democrata na Florida, Val Demings. "A verdadeira
solução é manter as armas fora do alcance das mãos nocivas”, afirmou.
Os sindicatos de
professores se mostraram contrários à nova legislação, e os conselhos escolares
de alguns dos condados mais populosos do estado votaram contra a adesão ao
programa.
Depois do massacre em
Parkland, os legisladores da Flórida aprovaram uma lei que exige que as escolas
coloquem ao menos um funcionário armado ou policial no campus.
A lei permitiu que
alguns funcionários de escolas portassem armas, mas elas continuavam proibidas
em salas de aula.
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